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4 livros de Não Ficção para sair da zona de conforto

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Kafka uma vez disse que “Apenas deveríamos ler os livros que nos picam e nos mordem. Se o livro que lemos não nos desperta como um murro no crânio, para quê lê-los?

Fiquei pensando nisso e em como ultimamente eu tenho lido alguns livros de não ficção que me causaram esse sentimento. Normalmente eu adoro uma história com algum contexto histórico, ou ambientada em algum período significativo, mas geralmente são histórias imaginadas, e algumas até mesmo carregam alguns esteriótipos. É claro que existem muitos livros, que independente do gênero e da forma que a narrativa se desenvolve, são capazes de nos dá essa sensação aí da metáfora usada pelo Kafka, Vai muito dos gosto de cada um.

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Os livros de não ficção (biografias, os ensaios, teorias, livros de memórias, etc) em suma, são livros densos e que exprimem um certo tabu e receio nos leitores. Mas hoje eu trago para vocês hoje alguns livros que narram histórias verdadeiras mas que não estão engessadas nesses formatos que citei. São livros que podem ajudar a dar uma chance o gênero.

Pega o café e bora conferir essa lista!

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1- Reportagens, Joe Sacco

A primeira dica é na verdade a HQ Reportagens do jornalista e quadrinista Joe Sacco. Nesse livro/HQ Joe fez um compilado de matérias jornalisticas, fruto do seu trabalho de anos como correspondente de guerra. São histórias de refugiados africanos em Malta, de viúvas Chechenas, de contrabandistas palestinos, de criminosos de guerra e de suas vítimas. Há também relatos de uma incursão com o Exército americano no Iraque, em que ele vê de perto a miséria e os absurdos da guerra.
Reportagens apesar de ser de cunho jornalístico, traz através dos traços a linha de frente dos conflitos e do sofrimento das vítimas, de forma humana e sensível todas essas histórias, também evidenciando a empatia do autor/jornalista pelos entrevistados.

Joe já um nome grande dentro desse universo, sendo até mesmo apontado como o precursor do que eles chamam de “jornalismo em quadrinhos”, ou seja, essa obra merece toda atenção por parte dos leitores, principalmente os já acostumados com esse tipo de narrativa. Tem uma resenha completa e sem spoiler da experiencia de leitura pra quem quiser saber um pouco mais.

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2- Ainda Estou Aqui, Marcelo Rubens Paiva

Marcelo é muito conhecido pelo livro Feliz Ano Velho, onde relata o seu acidente de carro que o deixou paraplégico. Em Ainda Estou Aqui, que também é um livro de memórias o autor conta não só a sua, mas a história da família Rubens Paiva como um todo, passando pela infância, juventude, e mais especificamente na época do Golpe de 64 até a instauração da Ditadura Militar. Seu pai era o deputado Rubens Paiva, que nessa época foi cassado, exilado e então preso posteriormente, juntamente com a sua esposa Eunice Paiva e a filha mais velha deles, logo depois “desapareceu”.

Essa é uma daquelas leituras que se fazem necessária, pelo fato de também contar sobre um importante período da História do Brasil. Além disso, Marcelo fala de todas as dificuldades que a família enfrentou, buscando pistas sobre o desaparecimento de Rubens Paiva e todas as questões espinhosas que estão no pacote quando se fala de Ditadura Militar. Marcelo também conta sobre como Eunice paiva lidou com tudo isso e a luta dela contra o Alzheimer. É um livro forte mas muito necessário, e esse também tem resenha aqui no blog.

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3- Depois de Auschwitz, Eva Scholoss

Esse é daqueles que não dá pra segurar a emoção!
Já nos comovemos muito com O Diário de Anne Frank e mesmo quem ainda não leu certamente já ouviu falar de como é uma história triste não é mesmo?! Em Depois de Auschwitz nós conhecemos a história da Eva, que sobreviveu ao campo de concentração. Ela ficou conhecida como a “irmã póstuma” da Anne, isso porque a mãe dela (e também sobrevivente) se casou com Otto Frank, o pai da Anne, um pouco depois da Guerra.

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Eva conta um pouco da sua trajetória de vida, sua infância na Áustria com seus pais e o irmão, logo depois ela detalha os momentos como refugiada na Bélgica, e então na Holanda onde morou algum tempo antes de ser capturada pelos Nazistas. Já sob o poder Alemão, ela foi mandada para o Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau, conhecido como o mais brutal. Daí, como o próprio título sugere ela conta sobre o período em que passou lá e logo depois da Guerra, como sobrevivente, do que teve que fazer para reconstruir sua vida. Algumas informações foram inéditas pra mim com relação a vivencia nos campos, sobretudo o pós-guerra e também me revelou um pouco sobre os Frank, pois como Otto virou seu padrasto o legado da Anne também tornou-se presente e parte da vida dela.

Histórias da Segunda Guerra são sempre muito importantes e impactantes, vale a pena conferir essa.

4- Para Poder Viver, Yeonmi Park

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Este livro é a história da luta de Yeonmi Park, na temida e cruel Coreia Do Norte. Ela conta desde a sua infância no país mais sombrio do mundo. Logo depois narra sua fuga, aos treze anos, pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas. Emociona-se com seu périplo pela China através do deserto de Gobi até a Mongólia, guiada pelas estrelas, em direção à Coreia do Sul. Vibra com seu papel como ativista pelos direitos humanos. Antes dos 21 anos, Yeonmi acumulou experiência suficiente para encantar todas as gerações de leitores neste livro memorável.

Para poder Viver é uma das minhas leituras atuais, ainda falta ler a última parte, mas queria colá-lo nessa lista e compartilhar o quão estarrecedora é essa leitura. Yeonmi relata seu sofrimento de maneira muito crua e visceral e até agora me deixou de boca aberta. O chocante é pensar que a Yeonmi é apenas uma amosta, um espelho que reflete a história de milhares de pessoas dessas regiões. Pensar que todas as dificuldades que ela narra foi e ainda é, vivida por muitas meninas como ela é angustiante e intragável. Está sendo uma leitura muito difícil, mas extremamente necessária.

As leituras podem ser “pesadas”, mas as narrativas são bem fluidas e acessíveis, e são histórias importantíssimas pra entender determinado período, ou conhecer determinada região, culturas diversas e principalmente para trabalhar a EMPATIA.

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Espero que gostem e que as leituras sejam tão incríveis pra vocês como foi pra mim.

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