“(…) mas palavras são como pessoas; quando você pega raiva de alguma, você quer distância.”
Sou uma daquelas curitibanas que acha que Tezza, por mais que tenha nascido em Lages, é um autor curitibano. Que foi adotado por nós e que consegue capturar a essência de Curitiba em todas as suas obras.
A primeira vez que falei do Tezza por aqui, foi na resenha de “A Suavidade Do Vento“, um livro que eu descrevi como um quadro. “(…) A suavidade do vento” é um quadro. Você muitas vezes interage com ele, toca. Mas o maior sentimento com a obra acontece quando você observa e deixa os sentimentos fluírem com suavidade”. Foi um livro que eu gostei muito, por isso quando tive a oportunidade de embarcar na leitura de “A Maquina de Caminhar”, não perdi a chance.
Cristovão Tezza assinou uma coluna na Gazeta do Povo durante 6 anos, escrevendo suas crônicas sobre o cotidiano e encantando os leitores com a sua escrita. Aqui temos novamente esse cronista, em uma seleção de 64 crônicas selecionadas por Christian Schwartz e ilustradas por Benett. Ilustrações estas que completam o livro de forma especial e constroem ao leitor algo único para se ter na estante.
Esse livro inédito do autor nos encontra com situações cotidianas que nos fazem repensar como encaramos os fatos. Tezza tem um humor que consegue despertar o interesse do leitor logo nas primeiras palavras. Tem sensibilidade para tocar em assuntos comuns e deixá-los únicos. Temos crônicas que falam sobre internet até livros e leitores.
Se você está querendo começar a ler algo do Tezza, mas tem seus receios de por onde começar, compre o Filho do Eterno, mas deixe-o para depois. Se aproxime do autor com suas crônicas, se tornem amigos, conheça sua escrita e se prepare para conhecer um dos nomes da nossa literatura que não podemos esquecer nunca.
ISBN-13: 9788501104694 | ISBN-10: 8501104698 | Ano: 2016 | Páginas: 192 | Editora: Record
Cristovão Tezza mudou-se para Curitiba, no Paraná, com dez anos de idade. Esta cidade é cenário de boa parte de sua literatura, em que personagens visitam ruas e pontos turísticos. Tezza fez teatro, foi da marinha mercante, trabalhador ilegal na Europa e ainda relojoeiro. Já era escritor bem jovem: aos treze anos criou seu primeiro livro, designado por ele mesmo como “muito ruim”. Publicou dez romances. Uma das marcas de seu texto é a presença de mais de um narrador: em “Trapo”, por exemplo, vemos a história do ponto de vista do professor Manoel, que estuda o poeta Trapo, e paralelamente do ponto de vista do poeta, através de seus poemas. Em 2003, Tezza publicou um ensaio sobre Mikhail Bakhtin, que era, na verdade, sua tese de doutorado. Doutor em Literatura Brasileira, Tezza é professor de Linguística na Universidade Federal do Paraná. Em algumas declarações ele afirma que “só uns quatro ou cinco escritores brasileiros poderiam viver só dos livros”, e por esse motivo é professor. Ganhou o prêmio da Academia Brasileira de Letras de melhor romance brasileiro de 2004, pelo seu livro “O fotógrafo”. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
{ Esse livro foi enviado pela editora Record para resenha no blog. Em compromisso com o leitor, sempre informamos toda forma de publicidade realizada pelo blog }
Baci ;*
Aproveite para nos seguir nas redes sociais!
Facebook ? Instagram ? Twitter ? Tumblr ? Google + ? Pinterest ? Youtube ?Blogvin ? Flickr