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Do que são feitos nossos heróis?

Sfogarsi é uma palavra italiana que vem do verbo “Sfogare” que significa: desafogar, deixar sair, desabafar, exalar, jorrar, desabafar, abrir-se, fazer confidências. Logo em uma tradução livre Sfogarsi quer dizer CONFIAR, DESABAFAR. É aquele sentimento de conseguir simplesmente abrir seu coração sem se preocupar. Desafogar tudo aquilo que você está trazendo dentro do seu peito.

Acho que o Pausa é um pouco disso para mim.  Um desabafo constante , as vezes em vídeo, as vezes em texto, que tenho com vocês.

Mas é como dizem, mar calmo nunca fez bom marinheiroprecisamos um pouco da profundeza.

Eu tive a ideia de conersar sobre essa assunto enquando assistia esse clipe aqui do Linkin Park (aviso que antes de clicar nesse link, prepare os lenços de papel). 

Eu acho que todos nós temos heróis. Alguns bem distantes, outros que estão ali perto. Mas sempre temos alguém que nos inspira, que nos faz acreditar em nossos sonhos e que nos faz correr e permanecer em pé. Durante toda a minha vida, grande parte desses meus heróis foram músicos.

Brody Dalle, Lemmy, Dave Grohl, Amanda Palmer e tantas outras vozes. Pessoas que eu olhava e pensava: QUERO TER ESSA FORÇA.

Só que tem coisas que a gente percebe quando adulto que não tinha percebido quando adolescente.: Nossos heróis são iguais a nós. Eles são humanos e isso quer dizer que também choram a noite, ficam putos de raiva, ficam doentes,  tem problemas.

Felizmente notar essa humanidade nos heróis é o que me faz admirá-los mais ainda. Quando vejo uma foto da Brody Dalle descabelada nas fotos com seus amigos no instagramou quando vejo Dave Grohl fazendo poses engraçadas antes de uma foto em um vídeo antigo de um documentário. É nesses momentos que noto que o que a gente mais busca em nossos heróis, são traços que não nos deixe esquecer de quem realmente somos.

Aquele herói que temos posters colados na porta do guarda roupa quando adolescente também tem problemas psicológicos, também já sofreu por amor e já bebeu na rua com os amigos pensando que o presente estava uma grande bosta.

Você ainda duvida de mim? Assista esse documentário da LADY GAGA que eu indiquei aqui. 

Aquele herói que a gente acha foda pelas frases que um dia a gente vai tatuar na pele também já perdeu alguém que ama, já pensou em largar tudo e já gritou com a cara no travesseiro. Provavelmente também já pensou como ia pagar aquele boleto e já chorou no banho pra ninguém ouvir.

É sermos reais que nos permite dar mais um passo, respirar mais fundo e rir mesmo desgraçados da cabeça.

Todos.

Eu, você e nossos heróis já fomos crianças que sonharam coisas impossíveis. No documentário Back and Forth do Foo Fighters o Dave Grohl disse que seu sonho era ir em um show da sua banda preferida e o baterista por algum motivo não poder tocar, e assim ele entraria, tocaria todas as músicas da banda e seria conhecido como o melhor baterista do mundo.

A pequena Anna queria liderar uma revolução. É mais um dos meus sonhos de criança. Eu queria que as pessoas me ouvissem e gritassem junto comigo (porque por algum motivo desde criança eu queria justiça por tudo, e isso quer dizer que tudo tinha que ser separado igualmente lá em casa, mesada, tarefas ou doces).

E eu busquei ídolos na adolescência que não me deixaram esquecer que eu queria que as pessoas gritassem junto comigo. Seja Brody Dalle com os gritos na música Seneca Falls (meu primeiro contato com o feminismo), ou Chuck Palahniuk nos fazendo brigar para provar que estamos vivos.

Então a resposta para minha pergunta inicial é que nossos ídolos são feitos dos mesmos sonhos que nós temos. Nossos ídolos são feitos de promessas quebradas e confrontos diários com a realidade. Injustiças, um pouco de insanidade e aquela vontade sem fim que você tinha quando criança e teima em esquecer quando cresce.

Nossos ídolos também são um pouco de nós.

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