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Entrevista com o autora de ADQS – Fabiana Cardoso

A autora entrevistada de hoje é a Fabiana, autora do livro ADQS publicado pela Editora Modo!

Entrevista com a autora Fabiana Cardoso!

Pausa: Você pode contar um pouquinho sobre como é seu processo de escrita? O que te inspira a escrever?

Fabiana: Oi Anna, antes de responder a entrevista. Quero agradecer o espaço no seu blog e te parabenizar pelo apoio aos autores brasileiros.

Quando começo a trabalhar uma ideia não passo para o papel imediatamente e costumo deixá-la amadurecer. Por que em uma conversa do dia-a-dia, uma música, um filme ou um livro que estou lendo, aquela ideia pequena acaba tomando forma e se desenvolve. Somente depois, desse processo que escrevo. Antes de começar a escrever, coloco títulos e tópicos para seguir a sequência e não me perder na narrativa, este é o único preparativo que faço, o resto flui naturalmente.

Quanto à inspiração sempre fui fã de livros, filmes e séries do gênero policial.

Sir Arthur Conan Doyle, com seu detetive imbatível Sherlock Holmes e Agatha Christie foram minhas maiores influências para escrever sobre investigação de crimes.

O filme A Assassina e os filmes de James Bond, o espião, tiveram uma grande contribuição. Assim como as séries Missão Impossível (na época formada por uma equipe) e Anjos da Lei. Mas eu queria que os personagens fossem brasileiros, vivenciando situações em nossa realidade. Desenvolvi a história na cidade onde moro, que é São Paulo.

Pausa:Como resolveu ser escritor? E quem te influenciou a começar a ler e escrever?
Fabiana: Nunca pensei “Vou ser escritora” (risos). Desde a adolescência eu tinha uma imaginação muito fértil, as ideias surgiam e a história se formava. Era impossível não passar as ideias para o papel, escrevi vários contos. Em 1996 veio a vontade de escrever um romance policial, meu gênero favorito. Nos anos seguintes, escrevi ADQS.

Depois entrei para a faculdade de fisioterapia e me dediquei à profissão. Somente em 2010, encontrei minhas anotações e me diverti relendo as aventuras desses espiões. Ano passado atualizei o conteúdo e coloquei em um site independente na internet. Veio a oportunidade da publicação e acabei me tornando escritora.

Quanto à influência, na escola tive uma professora que incentivava à leitura. No começo do ano ela passou uma lista, com vários livros juvenis, de autores nacionais. Deveríamos comprar apenas um livro e depois trocar entres os colegas, lendo um livro por mês. No começo muitos alunos reclamaram, mas depois todos ficaram satisfeitos. Desde então, sempre estou lendo um livro e com vários na lista de leitura.

Pausa: Qual é o seu livro  e/ou escritor preferido?
Fabiana: Fiquei encantada com As Aventuras de Sherlock Holmes que uma amiga me emprestou na adolescência. A narrativa dinâmica e divertida de Sir Arthur Conan Doyle me conquistaram! Ao ler o livro, parecia que viajava e estava sendo transportada a Londres do investigador, aliás, essa é uma experiência que só o livro proporciona, adoro filmes, mas você sempre é um expectador, enquanto o livro te leva a outro mundo, parece que você participa do que está acontecendo, simplesmente fantástico.


Pausa:
Qual é a sua relação com os personagens de seus livros, você acaba se apegando muito a eles?
Fabiana: Geralmente a ideia principal para o livro surge e depois começo a compor os personagens, que procuro definir muito bem através de uma ficha detalhada com todas as características físicas e personalidades. Em ADQS detalhei o passado de crime que fez com que o agente fosse recrutado para a organização. Depois (estranho dizer isso), eles que conduziram a história, reagindo de acordo com suas personalidades, diante das situações. (Risos) É como se tivessem criado vida própria e tomassem suas próprias decisões. Eu apenas criava as situações e acatava as reações deles, isso tornou o processo de escrita muito prazeroso.


Pausa:
Quando publicou seu primeiro livro, foi um processo difícil encontrar uma editora?
Fabiana: Eu acho que tive muita sorte, foi um processo bem rápido. Coloquei o conteúdo na Internet em dezembro de 2011. E no mesmo mês enviei o original para a Modo Editora. Em Janeiro, veio o convite de publicação, nem acreditei. Desde então, ele passou pelo processo de capa, revisão e diagramação e em agosto foi lançado na Bienal de São Paulo.

Curiosidade: o original tinha 528 páginas, a Adriana Vargas Aguiar (agente literária que aprovou o livro). Orientou-me para “enxugar” o livro. Fiquei com pena de tirar alguns trechos, mas fiz isso. Com cerca de 100 páginas a menos a leitura ficou ágil sem prejudicar o conteúdo. O resultado final, em minha opinião, ficou melhor.

Livros preferidos da autora.


Pausa:
Qual a dica você daria aos nossos leitores que estão começando a escrever seus livros?
Fabiana: Tenho postado vários textos sobre como desenvolver a escrita no meu blog ( www.fabianacardosoescritora.blogspot.com) e em um blog onde sou colaboradora. Acho que escrever melhora com a prática, se você tem criatividade e gosta de escrever, então, mãos a obra. Escrevi vários contos, antes de concretizar um livro.

Então, resumidamente, minhas dicas são: leia bastante, escreva sempre que tiver vontade, revise o texto, seja persistente e procure sempre melhorar.


Pausa:
Para você, qual é a melhor coisa em ser escritor?
Fabiana:
Escrever é um prazer indescritível, dar forma a algo, que antes apenas existia na minha mente, é algo espetacular! Quando estou escrevendo acabo me desligando do mundo. Quando percebo estou há horas na frente do computador ou diante de várias folhas de papel. Adoro ver a história se desenvolvendo, tomando rumos inesperados, personagens interagindo. Esse processo é fascinante.

E ai, o que achou da entrevista? Obrigado Fabiana por ter participado!

 

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