Quando a criatividade está em baixa e o medo de lançar algo original em alta, as produtoras de games recorrem a um velho artifico para garantir um extra no fim do mês. Funciona assim: Pega uma franquia de sucesso, por exemplo Tomb Raider, e cria uma nova história para os personagens já conhecidos do público, contando uma nova origem e uma nova aventura. O famoso reboot.
Tivemos vários reboots para o PS3. Alguns de sucesso como Castlevania e Mortal Kombat, outros como Bionic Commando e X-Com: Enemy Unknown que ficaram razoáveis. Esqueçam Golden Axe: beast Rider – esse foi um desastre mesmo.
Um reboot que me deixou bem chateado foi o do Devil May Cry. Eu joguei todos os outros DMCs e quando vi o primeiro trailer do novo DmC, com o Dante emo, confesso que fiquei muito p%%$ da vida. Por que? Bom, vamos destrinchar o reboot:
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Mudaram “totalmente” o personagem principal. Está com aspas porque as mudanças foram mais fisicas, embora o comportamento do novo Dante lembre um pouco o do velho;
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Deram uma nova origem aos personagens, mas, convenientemente, mantiveram os nomes principais da série antiga: Dante, Vergil, Sparda, Mundus, Rebellion e por aí vai.
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O Dante do jogo é diferente do Dante dos trailers. Eu acredito que mudaram o personagem do trailer para “agradar” os jogadores hardcores. O Emo foi substituído por um Bad Boy?
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Sistema de combate baseado em combos insanos – O velho DMC foi inovador nisso, o novo DmC só copia a fórmula. Nada que Bayonetta já não tenha feito antes.
Nero também não agradou a todos, mas a Capcom foi competente o suficiente para colocar Dante (o verdadeiro) como personagem jogável em 40% do jogo, aliviando assim a fúria dos jogadores. O Dante emo tenta, mas não dá para comparar. Frases prontas de pouco efeito, comportamento previsível e pouco carisma afundam o clone num limbo (entendedores, entenderão) que pouco ajuda na imersão do jogador. A jogabilidade é legal, mas ficou com aquela coisa de “já vi isso antes”.
O jogo recebeu ótimas críticas (veja a tabela aqui) mas não emplacou nas vendas (clica aqui), sinal que nem todo mundo deu uma chance ao Dante emo. Será que vamos ter o reboot do reboot? O a Capcom vai retomar a série antiga?
Enfim, se você me perguntar se o jogo é bom, eu respondo que sim, só que não precisava se chamar DmC. Bayonetta que o diga.
Acho que Reboots são necessários quando a franquia sai muito do “rumo’ ou os jogos estão ruins em termos de jogabilidades, gráficos e etc. vou pegar Sonic como exemplo, hoje em dia a franquia é meio dividida, alguns gostam dos jogos atuais outros preferem o estilo clássico dos anos 90, e hoje a franquia é muito criticada por motivos como: Sonic ser o único personagem jogável, os jogos eram melhores em 2D, e etc….. e muitas vezes um reboot na franquia pode dar um novo impulso assim trazendo novamente a fama do personagem, mais depende muito, Sonic 2006 “tentou” ser um Reboot mais não deu muito certo, mais caso fosse um Reboot como Sonic 4 ou seja jogos no estilo clássico em 3D poderia ser outra coisa, então se a franquia está muito ruim a serie merece sim um reboot.
Afinal de contas, convenhamos que Devil May Cry perdeu certa força após o lançamento do quarto capítulo, considerado “não tão bom” quanto os anteriores por alguns fãs. A Capcom não precisava apenas lançar um novo título da saga, e sim torná-la relevante novamente para os fãs e público geral – e assim veio um novo Dante.Você acha mesmo que o jogo teria tanta polêmica, falatório e burburinhos sobre ele se tivesse o mesmo Dante de sempre? Tudo bem que não seria ruim, mas seria um pouco de “mais do mesmo”. Ao introduzir um novo visual para o personagem, a Capcom e a Ninja Theory mostraram que acertaram a mão – ao menos para chamar a atenção.Após meses de muito falatório e brigas por conta de um Dante teoricamente “emo”, finalmente temos DmC: Devil May Cry em mãos. E olha, podemos dizer que ele surpreendeu? Positivamente, claro, apenas com pequenas ressalvas.