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Grafite, poesia e amor em Graffiti Moon de Cath Crowley

Graffiti Moon é um dos romances da escritora australiana Cath Crowley, e conta a história de Lucy, que se apaixonou por um grafiteiro que nunca viu, e na primeira noite depois de se formar no ensino médio ela decide sair em uma aventura pela cidade em busca do Sombra, o garoto dono das pinturas que a encantavam.

Na Austrália, Graffiti Moon venceu o Prime Minister’s Literary Award de ficção infanto-juvenil e o Ethel Turner Prize de literatura para jovens, além de ser finalista dos prêmios Victorian Premier’s e do Children’s Book Council of Autralia Book of the Year, os mais importantes e prestigiados do país.

“É isso que eu gosto na arte, às vezes você vê mais sobre quem você é do que o que o está na parede. Eu olho para essa pintura e penso sobre como todo mundo tem um segredo adormecido como aquele pássaro amarelo.”

Quando li sobre os prêmios do livro fiquei ansiosa para começar logo e ver se era tudo isso mesmo, esse seria meu primeiro livro de uma escritora australiana e eu não fazia ideia de como seria. A premissa do livro é clichê, uma garota apaixonada pelo talento de um garoto que ela nunca viu, mas logo nas primeiras páginas a escritora consegue te deixar completamente hipnotizada, ela escreve de uma maneira fácil e que conversa com você. Lembro que depois do terceiro capítulo eu fui correndo contar para a Anna que esse livro seria incrível. E foi.
Me identifiquei muito com a Lucy e com o amor dela pelas artes, tanto pelo grafite quanto por poesia. No livro, um dos personagens é o Poeta – e bom, ele escreve poesias…- então, as vezes, no meio da leitura tem trechos da poesia dele, que quebram a tensão da história e te faz viajar pela vida perturbada que ele leva.

“Se você tratar o vidro da maneira correta, ele não vai quebrar. Se você conhecer suas propriedades, você pode fazer coisas; a cor do crepúsculo, da noite e do amor. Mas você não pode controlar as pessoas assim, e eu queria muito, muito poder…eu queria que o mundo fosse vidro.”

A narração e os capítulos são divididos por personagens, cada um com a sua visão de algo que está acontecendo, é bacana porque você acaba conhecendo muito bem cada um deles e entendendo por que a história está correndo daquela maneira. Eu, como sempre, me apaixonei pelos personagens secundários, mas todos eles são únicos e bem desenvolvidos.

amanda.

“Por um tempo, pelo tempo em que você estiver olhando para ela, essa pintura é o mundo e você está nele”

O único problema talvez seja a velocidade do livro, ele começa corrido e pesado, com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo, e pela metade a escritora desacelerou o ritmo e começou a detalhar mais os acontecimentos. A história toda se passa em apenas uma noite, então talvez essa seja uma das razões para o livro ficar mais “calmo” com o decorrer da história.

Recomendo muito o livro, por fugir um pouco da literatura infanto-juvenil norte americana e por ter uma história envolvente e apaixonante. O livro é curtinho e deixou saudade.

amanda.

ISBN: 9788565859226 | Ano: 2014 | Páginas: 240 | Editora: Valentina

Cath Crowley cresceu na área rural de Vitória, Austrália. Estudou produção e edição de texto  no Royal Melbourne Instuteof Technology e já recebeu diversos prêmios por seus livros. Para saber mais sobre Cath e seus livros, visite cathcrowley.com.au

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Baci ;*

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