Depois da resenha de Filhos do Fim do Mundo eu tive o prazer de entrevistar o autor Fábio Barreto. Confira abaixo a entrevista e depois aproveite para participar da promoção do livro aqui! (link atualizado quando a promoção for ao ar)
Entrevista com Fábio Barreto por Anna Schermak
Anna: Você agradece aos escritores Neil Gaiman e Ernest Hemingway em seus agradecimentos em Filhos do Fim do Mundo, além desses dois grandes autores, quais escritores te inspiram a escrever?
Fábio Barreto: Nunca fui inspirado diretamente por ninguém, em termos literários. Fui “mordido” pelo gosto pela redação quando escrevi algo legal no terceiro colegial e, menos de 2 anos depois, estava dentro da redação do Estadão, então foi o texto jornalístico que, de fato, me inspirou. Aprendi a escrever, de fato, ali dentro e comecei a me interessar pela ideia de escrever. Lembro muito de “A Luneta Mágica”, de Joaquim Manoel de Macedo, como primeira história fantástica que li e reli até compreender tudo que havia sido dito ali. Um pouco antes, lembro de um livro chamado “A Montanha Encantada”, de Maria Jose Dupre. Eles começaram com a essa ideia de “gostar de literatura”, então, acho que devo dar o crédito a eles. De um modo mais direto, devo creditar Nicholas Sparks. Embora não tenha nada a ver com a temática ou o estilo dele, resolvi entrar de cabeça na literatura depois de um papo que tive com ele durante o lançamento de “The Last Song”, lá em Beverly Hills. Falávamos sobre o começo da carreira e ele disse que, no primeiro romance dele, terminou de escrever só para provar que conseguiria e, mesmo não gostando do resultado, embalou o segundo e começou uma carreira! Ele sugeriu que eu escrevesse até o fim, sem parar para pensar nas consequências, mesmo que nunca fosse publicado. Segui o conselho e encarei Filhos do Fim do Mundo de frente. Foi alucinante, mas funcionou. Enfim, essas são algumas respostas possíveis a essa pergunta. Os livros que lemos nos fazem os autores ou leitores que nos tornamos. Todo mundo ajudou.
A: Muitos escritores tem um ritual para escrever, eu mesma só consigo produzir algo depois da 00:00 quando a casa está totalmente silenciosa e posso ficar sozinha tomando meu chá e escrevendo enquanto ouço músicas. Como é o seu processo de escrita?
F.B: Fui criado em redação de jornal, então consigo escrever em qualquer condição e viro um demônio sob pressão (rs). Entretanto, como literatura requer mais cuidado que texto jornalístico (pelo tamanho e formato mais dinâmicos), peguei o hábito de escrever ouvindo música e quanto mais silêncio na casa, e na internet, melhor. Tenho uma seleção bem eclética no Pandora, que vai de Blind Guardian, passa por Evanescence e chega a Enya e Ella Fitzgerald. Trabalho muito na estrutura antes de começar a escrever, assim como faço com roteiros. Depois é só execução. Vejo uma grande analogia ao jeito que dirigo filmes, muita preparação e, na hora da verdade, é só fazer o que está planejado.
A: Se Filhos do Fim do Mundo fosse adaptado para o cinema e você tivesse a chance de escolher tudo, diretor, atores, produtora, quem escolheria? Já pensou nisso?
F.B.: Claro! :p Roteiro e direção: eu! E o elenco seria:
Rodrigo Santoro como o “Repórter”,
Chris Sweeney (ator no curta “Destiny”, meu último) como “Padre”,
Jessica Biel como a “Esposa”,
Lance Reddick (Fringe) como o Coronel,
Aaron Eckhart como o “Governador”
John Goodman como o “Diretor”
A: Você pretende publicar novos livros?
F.B.: Sim, estou escrevendo meu próximo romance “Snowglobe” e devo terminar nos próximos meses. Tenho duas filmagens chegando e isso vai me atrasar um pouco, mas vou chegar lá.
A: Qual é a sensação de saber que em algum lugar do Brasil tem alguém lendo Filhos do Fim do Mundo?
F.B.: Ainda é estranho, mas é boa, pois mostra a responsabilidade que sinto pela literatura e pelo ato de ser escritor. Poder compartilhar essas emoções e as propostas e perguntas de Filhos é fantástico. Muita gente luta a vida toda por uma chance como essas, vou aproveitar ao máximo!
A: E agora a pergunta que todos os leitores brasileiros querem saber… Você pretende vir ao Brasil para sessões de autógrafos? Quais cidades deseja visitar? (Não esqueça de visitar Curitiba)
F.B.: Estou programando uma turnê literária em julho! Pretendo visitar 6 cidades, mas ainda não sabemos quais. Claro, São Paulo já está na lista, pois sou de lá e é onde ficarei hospedado.
A: E para terminar, qual mensagem gostaria de deixar aos leitores do Pausa Para um Café?
F.B.: Leia, leia sempre! Leia o que tiver vontade e tire suas próprias conclusões, faça suas próprias perguntas e nunca deixe de acreditar no poder da imaginação! 😀
Adorei a entrevista! Que venham muito mais livros seus Fabio Barreto!
Grande elenco para o filme rsrsrs, o autor é muito simpático (=
Adorei a entrevista com o autor, adoro entrevistas, gosto das respostas, de ver a simpatia deles, ou não, no caso de alguns autores. Espero poder conferir Filhos do Fim do Mundo em breve, quem sabe eu não ganho aqui na promo do blog, pô sorte ajuda ai haha
Barretão é o cara! Sou fã!
Muito boa a entrevista. Realmente, ele teve muita criatividade para criar ‘Filhos do Fim do Mundo’. Isso demontra o quanto a litartura brasileira, apesar de ainda ser ”pequena” comparados a países maiores e etc, está evoluindo ;D
Muito legal a entrevista com o autor! O livro que ele escreveu surpreendeu muitas pessoas que estão acostumadas a pensar que livros nacionais não prestam, inclusive a mim…kkkk que as vezes tenho esse pré-conceito, mesmo ser sem de propósito >.<
Muito interessante essa entrevista. Gostei muito
Maristela G Rezende
Quero muito ler Filhos do Fim do Mundo. Cada vez que vejo alguém falando com entusiasmo do livro do Fabio Barreto meu interesse aumenta ainda mais. Parabéns Fabio!!!
Barreto é muito gente boa, admiro esse cara.
Cara ele é mt fera , espero msm que dê tudo certo e o livro pelo que já li é muito bom !
Adorei a entrevista. O Fábio Barreto me parece ser um cara bem simpático e inteligente. Desejo muito sucesso em todos os projetos que ele realizar.
@_Dom_Dom