“Não se esqueça de Paris” é uma leitura rápida e gostosa.

 Não sou a maior fã de Paris. Não tenho nada relacionado a cidade e sinceramente? Não tenho nenhuma vontade de conhecer. Não sei o motivo, mas só sei que não é um lugar que eu acho que vou me sentir em casa. Não tenho essa afeição toda pela cidade das luzes. Só que tem algo que eu amo muito e “Não se esqueça de Paris” tinha este item: gastronomia. Então é claro que eu li. Vamos ver o que eu achei?

Tudo começa com uma carta.
Eve Pethwork é uma inglesa insegura e um tanto ansiosa que está assoberbada com os preparativos para o casamento da filha. Eve tem mais de quarenta anos e vive enclausurada em sua casa, pois espaços públicos lhe provocam angústia e a interação com outras pessoas é difícil para ela. 
Jackson Cooper é um escritor bem-sucedido que vive nos Estados Unidos. Apesar de estar sempre rodeado por pessoas, especialmente mulheres, vive em eterna crise amorosa. Enquanto tenta colocar seu relacionamento com a nova namorada nos trilhos, Jackson vive o maior bloqueio criativo de sua carreira. Sem rumo para o novo livro, começa a questionar suas escolhas e suas expectativas para o futuro.

Não se esqueça de Paris tem uma forma bem simples e fofa de contar a história que pretende conquistar o leitor. Não é um livro cheio reviravoltas e tramas. Ele é o que nasceu pra ser. Curto na medida certa, com descrições e diálogos gostosos e que surpreendem o leitor pela forma com que são corriqueiros as vezes, tão “vida real”.

Eu gostei muito de como as coisas acontecem. De como o livro mostra, mesmo que de forma um pouco fantasiosa que todos os humanos tem sim uma chance de encontrar o seu “final feliz” e o mais importante: de ser feliz! E isso não depende da sua idade, do lugar onde você mora ou dos monstros e fantasmas que vivem dentro do seu coração. “Não se Esqueça de Paris” é uma forma doce, rápida e gostosa (praticamente uma sobremesa) de nos lembrar quem somos, pra onde vamos e que podemos sim chegar lá.

Deborah fez um grande trabalho aqui e eu fiquei muito curiosa para ler os seus outros livros. Pois ela tem algo muito interessante e com certeza é isso. Essa coisa de fazer uma história com poucas palavras.

O livro foi considerado absolutamente perfeito, pelo The New York Times e está com os direitos para o cinema vendidos para a BBC. Acho que pode ser uma ótima próxima leitura, não?