Estamos cansados de ouvir que o “Amor é um cão dos infernos”. E no livro da vez, Marcelino Freire reforça que ele é muito mais do que isso. Ele é na verdade, um verdadeiro crime.
Em contos pequenos e com doses grandes de sarcasmo e muitas vezes uma ironia deliciosa, Marcelino transforma todos os amores em crimes inafiançáveis e imperdoáveis para nos fazer perceber o quanto nós mesmos julgamos cada personagem. Seja a gorda ou a puta. Todos ali, tão cheios de caricatura nós fazem perceber que antes de entender o personagem, já começamos a julgar aos poucos, com as poucas coisas que o autor nos dá que as vezes se transformam em verdade outras em crimes.
Eu nunca tinha lido nada do autor, mas já tinha ouvido muito falar dele, tanto pelo amigos, tanto nos blogs que acompanho, e já estava pra lá de curiosa sobre o trabalho do autor com seus contos.
Me surpreendi, gostei tanto que a vontade de escrever voltou com tudo. Com certeza “Amor é um crime” é um livro delicioso, daquele com pegada que você não consegue resistir e leve pra cama (calma) para ler até altas horas para terminar logo a leitura e poder comentar com todo mundo que sim, devem ler “Amor é um crime”.
Os contos abordam o amor como peça central, mas não é apenas isso. Aqui temos obsessão, abuso, mentiras, discussões e a melhor coisa do mundo: Muitos diálogos!
ISBN-13: 9788501105196 | ISBN-10: 8501105198 | Ano: 2015 | Páginas: 160 |Editora: Record
Marcelino Freire mora em São Paulo desde 1991. Despontando como um dos grandes escritores da chamada geração 90, Marcelino é o idealizador e organizador da Balada Literária, evento que reúne diversos ecritores no bairro da Vila Madalena, na capital paulista.
Publicou os livros de contos “Angu de Sangue” (2000), “BaléRalé (2003), “Contos Negreiros” (2005) e “RASIF – Mar que arrebenta” (2008), e o livro de aforismos “eraOdito” (1998-2002).
Com “Contos Negreiros”, Marcelino ganhou o Prêmio Jabuti, na categoria “melhor livro de Contos e Crônicas”. Tem textos publicados em vários países e antologias. É também editor.
Baci ;*
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Ando lendo tantas coisas boas sobre autores nacionais! Me sinto cometendo um pecado mortal em só ter lido literatura estrangeira no último ano. Ano que vem isso tem que mudar! Não conhecia o Marcelino Freire, mas certamente conhecerei em breve.
Um beijo!