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O diferente romance de Jhennifer Egan, “A Visita Cruel do Tempo”

Ganhei de presente de amigo secreto de uma amiga o exemplar de “O Torreão” (obrigada Joice!), mas antes de ler esse livro da Jhennifer Egan, eu queria ler o seu livro mais conhecido “A Visita Cruel do Tempo”. Aproveitei a parceria com a Editora Intrínseca para fazer o pedido e me encantar com essa história.

Comecei a ler o romance vencedor do Pulitzer de 2011, do National Book Critics Circle Award e do LA Times Book Prize e quando percebi já estava na última página dessa aventura. Encantada com as situações, personagens e com a passagem de tempo que Egan constrói para conversar com o seu leitor.

Novamente eu não li resenha, sinopse ou qualquer coisa sobre o livro. Sim, costumo fazer muito isso, acho que somente assim a leitura consegue ser livre e pura. E incrivelmente sempre que faço isso eu me apaixono pelas leituras.

“A Visita Cruel do Tempo” apresenta várias histórias que paralelamente, aos poucos, vai criando um cenário envolvendo o presente e o passado de amigos, família e trabalho de vários personagens. Confiando na memória de nossos personagens somos conduzidos ao mundo da música, de uma juventude rebelde de uma passagem pela Itália e pelo deserto em família.

Um dos pontos positivos desse romance é como Egan nos mostra como o tempo pode ser cruel (ou não), em nossa vida. A passagem do tempo consegue ser sentida pelo leitor, que vive ao lado de personagens e vai descobrindo como algumas vezes o tempo transforma, muda, cura, mata e abraça. A passagem do tempo abraça o livro até chegar o ponto de se tornar o protagonista desse livro.

Mas nem só de amores o tempo é feito. Achei algumas coisas meio rasas na história e uma delas foi a forma com que foi conduzido o problema de Sasha, ( uma assistente cleptomaníaca). No começo da história achamos que isso será um dos destaques da história. Mas é só mais uma coisa diferente no livro.

Além de Sasha, nossa história conta com Bennie que quando o conhecemos pela primeira vez trabalha como executivo da industria fonográfica que eu imaginava na hora da leitura igual o Mark Ruffalo em Begin Again, temos vários personagens que vão se interligando em uma trama que durante a história foi muito bem construído para interligar todo muito de forma tão interessante. Fico admirada com esse trabalho da Egan e imagino que isso deve ter dado muito trabalho.

O linho tem uma linha narrativa bem alternada com diferentes personagens contando sua história e até uma personagem que resolve utilizar o seu espaço para contar sua história através de slides, uma de suas paixões. 


Aos poucos, “A Visita Cruel do Tempo” é um livro sensível sobre música, sobrevivência, força e continuar. No fundo todos somos como os personagens desse romance, nós também continuamos. Mesmo quando nossa vida não está onde a gente planejou, mesmo quando fingimos nos enganar, quando estamos em um emprego que não gostamos ou morando em lugares que não queríamos. Retratando a vida como ela é, o romance de Egan mostra após o final da leitura, o motivo pelo qual levou tantos prêmios para casa. Ele é um romance que te abraça.

ISBN-13: 9788580571295 | ISBN-10: 8580571294 | Ano: 2012 | Páginas: 333 | Editora: Intrínseca

JENNIFER EGAN nasceu em Chicago e cresceu em São Francisco. É autora de A visita cruel do tempo, vencedor do Pulitzer de 2011, e do best-seller The Keep. Por seus artigos de não ficção, publicados naThe New York Times Magazine, recebeu diversos prêmios jornalísticos.

{ Esse livro foi enviado pela editora Intrinseca para resenha no blog. Em compromisso com o leitor, sempre informamos toda forma de publicidade realizada pelo blog

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Baci ;*

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