Stephen King não poderia ter acertado mais em suas definições para o terror.
De acordo com o autor, existem três tipos: o bruto, o horror, e o terror – o último sendo o pior de todos, mas cada um transmitindo um calafrio diferente. Quando falamos de Junji Ito, autor japonês, precisamos entender que para ele, não há limites no gênero e que o horror não precisa ser sutil – pelo contrário, pode ser tão explícito e agoniante quanto a vista de poros bem definidos para quem tem tripofobia.
Mas para ir além e entender o horror criado por Junji Ito é preciso conhecer um sub gênero muito comum no underground oriental: o ero guro. Pense em algo extremamente grotesco. Pensou? Agora pense em como seria essa coisa ainda mais grotesca – em seu estado maximo. Isso é o ero guro. Com grandes influências de Marques de Sade, esse sub gênero é composto por aspectos surrealistas, com sodomia, coprofilia, canibalismo, zoofilia, flagelação e tudo o que há de mais amoral. Por mais que Junji Ito não utilize todos esses aspectos, ele bebe bastante da fonte – como podemos ver em sua obra mais famosa, Uzumaki.
Além do ero guro, a maior inspiração do autor sempre foi H.P. Lovecraft – sendo até o motivo para que ele começasse a escrever histórias, como seu primeiro mangá, Tommie. Em Tommie, acompanhamos a jornada de uma mulher que faz com que todos que passem em seu caminho atinjam um patamar da loucura (e aí vemos claramente aquele toque lovecraftiano né).
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Para a minha felicidade (que sou fã de tudo o que já li do autor), a editora Darkside Books lançou no Brasil, Fragmentos do Horror, um compilado das melhores histórias do autor em uma edição para fazer qualquer colecionador ficar com a mão tremendo para comprar (rs). Caso você não conheça o autor, mas goste do que é visto como bizarro, mergulhe nas obras desse cara (olha a intimidade) porque com certeza você vai gostar.