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Remontagem de peça de Gianfrancesco Guarnieri discute questões raciais em apresentações
no Guairinha

Um grito (preto) parado no ar leva aos palcos texto clássico de Gianfrancesco Guarnieri que furou
a censura e é considerado um dos marcos do teatro brasileiro.

No final de abril, Curitiba terá em sua programação uma das obras mais importantes da dramaturgia brasileira: Um grito (preto) parado no ar, que remonta o texto clássico de Gianfranco Guarnieri, encenado na capital paranaense em 1973. Marco do teatro nacional, a peça de Guarnieri foi um importante instrumento de luta contra a ditadura militar, que governou o Brasil entre 1964 e 1985, e, apesar do seu tom contestatório, não foi vetada pela censura, em parte pela linguagem que o autor construiu.
A obra conta a história de uma trupe teatral às raias de estrear sua peça mas que se vê impedida por inúmeros entraves burocráticos, físicos e emocionais. Flutuando em uma névoa de incerteza, o grupo precisa se defrontar com a realidade e também os seus próprios fantasmas. O texto de Guarnieri esmiúça as muitas interpretações do que é ser artista e das relações entre arte e realidade.
Por isso, mesmo passados cinquenta anos, Um grito parado no ar é uma peça forte e atual, que expande ainda mais discussões que Guarnieri começou na década de 1970.
Espírito combativo
A montagem, que tem produção da Prosa Nova EduCultTech e direção de Loara Gonçalves, terá o mesmo espírito combativo que marcou o espetáculo desde a sua estreia, cinco décadas atrás, atualizando a temática paro as demandas sociais atuais, como a precarização do trabalho em certas categorias, e também para a discussão racial. E, por isso, da inclusão do adjetivo “preto” no título.
Portanto, ao colocar o adjetivo “preto” no título, evidencia-se preocupação e a necessidade de dar visibilidade e protagonismo a uma parcela da população que é marginalizada, destituída dos seus direitos. Segundo Loara Gonçalves, diretora do espetáculo, o teatro é um espaço de manifestação, de busca pelo grito, onde os silenciados podem contar as suas histórias.
“Vivemos em um sistema que massacra, que está tolhendo sonhos”, explica. “Quando a gente fala de ‘um grito preto’, está falando das mazelas e das denúncias que são fundamentais. A gente ainda vive em uma sociedade racista, que nos boicota a ponto de recebermos menos. A população carcerária é, em sua maioria, preta. A gente percebe que nossos lugares são sempre impostos, por isso, as nossas urgências são outras”.

Ingressos: https://bit.ly/IngressosUGPPNA
Ficha técnica
Direção
: Loara Gonçalves
Elenco: Maicon José Gonçalves de Morais; Monica Margarido; Vanessa Marques; Murilo Ique;
Cleo Cavalcantty; Taciane Vieira.
Equipe: Luiz Andrioli – Diretor de produção; Marina Rodrigues Pires Padilha – Maquiadora; Gui
Almeida – Cenógrafo e figurinista; Katia Drumond – Coreógrafa; Jamille Reddin – Produtora;
Luana Mello – Designer; Salve Samuca – Sonoplasta.
Realização: Prosa Nova EduCultTech | prosanova.com.br prosanova.com.br
Página do espetáculo com mais informações: prosanova.com.br/umgritoparadonoar
Apoio: Centro Cultural Teatro Guaíra
Incentivo: Ebanx e Serra Verde Express
Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura – Fundação Cultural
de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.

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