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[Resenha] A Cidade Inteira Dorme de Ray Bradbury | Biblioteca Azul

Sinopse: A cidade inteira dorme é uma coletânea de treze contos dos mais representativos do prolífico e premiado Ray Bradbury, em tradução de Deisa Chamahum Chaves e com prefácio de Carlos Vogt. Ray Bradbury não gosta de ser referido como autor de ficção científica. E por um bom motivo: ele não é um autor de ficção científica. Ao menos segundo o senso comum sobre o gênero, baseado em fantasias futuristas nas quais a descrição dos artefatos, da tecnologia, é fundamental. Ao contrário, em Bradbury o fundamental é a condição humana de seus personagens. Ele usa as convenções do gênero fantástico para tornar nosso fantasmas mais reais. Nas narrativas incluídas em “A cidade inteira dorme e outros contos breves”, o ficcionista norte-americano oscila entre o terror psicológico, as alegorias mágicas e a invenção de mundos alternativos – às vezes fundindo-se num único relato, mas sempre fazendo com que a imaginação seja um elemento inerente à realidade.

Eu não falo de coisas senhor, falo do sentido das coisas. Sento-me aqui e sinto que estou vivo. – Ray Bradbury

Eu sempre gostei de ficção científica. Sempre gostei de livros bem escritos. E depois de tanto me falarem sobre Ray Bradbury eu já me sentia uma inútil sem nunca ter lido nada dele ~ não que eu me lembre pelo menos ~. Foi então que chegou por aqui um pacote da Editora Biblioteca Azul que eu não imaginava que iria receber e junto dele veio A Cidade Inteira Dorme  ~ além de outro livro do autor que logo vocês vão ter resenha por aqui ~.

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Eu fiquei muito interessada e logo comecei a lê-lo. O livro é um apanhado de contos do autor, 13 ao todo. E o seu nome vem de um dos contos, provavelmente, mais interessantes da história.
Os gêneros dos contos caminham uma linha tênue entre a ficção com pedaços de terror psicológico, a totalmente ficção científica e o drama pessoal. A fantasia se confunde com a realidade para contar quem é o ser humano.

Ray tem um dom. Um dom de criticar de forma sutil e totalmente inspiradora a forma com que os humanos agem no mundo. Seja a forma com que trabalham, vivem suas vidas ou agem perante suas crenças.  E durante todo o “A Cidade Inteira Dorme e Outros Contos Diversos”, o leitor se vê amontoado em um mundo embaraçado com a realidade. A senhorinha de um dos contos que quer encontrar Deus e dá todo o seu dinheiro simplesmente por essa mínima crença de que pode chegar ao seu Senhor poderia ser eu ou você ou até mesmo nossas avós.

Eu me encantei com a escrita. Apesar de alguns contos serem completamente “Cara, sério! O que você fez aqui?”. A maioria se distancia da realidade que estamos acostumados se mostrando um conto muito bem estudado, escrito e explorado. Ray escreve sobre as pessoas e não sobre a ficção científica. Ele escreve para pessoas, sobre as pessoas e entende, lá no fundo. Nós mesmos, melhor que qualquer pessoa.

Estou ansiosa para terminar o próximo livro do autor e poder falar mais sobre sua narrativa em um livro inteiro, sem cortes ou histórias de 5 páginas. Logo voltarei com mais resenhas do autor e eu espero sinceramente que vocês aproveitem para se dedicar a leitora de A Cidade Inteira Dorme.

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 Editora: Biblioteca Azul – ISBN: 9788525055569 – Ano: 2013 – Páginas: 192 – Tradutor: Deisa Chamahum Chaves

Nota: 4,3/5

rayRay Douglas Bradbury (Waukegan, 22 de agosto de 1920) é um escritor de contos de ficção-científica norte-americano de ascendência sueca. Foi o terceiro filho de Leonard e Esther Bradbury, por causa do trabalho de seu pai (Técnico em instalação de linhas telefônicas), viajou por muitas cidades dos EUA, até que em 1934 sua família fixou residência em Los Angeles, Califórnia.

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