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[Resenha] A Ilha dos Dissidentes de Barbara Morais | @gutenberg_ed

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Sinopse: Ser levada para uma cidade especial não estava nos planos de Sybil. Tudo o que ela mais queria era sair de Kali, zona paupérrima da guerra entre a União e o Império do Sol, e não precisar entrar para o exército. Mas ela nunca imaginou que pudesse ser um dos anômalos, um grupo especial de pessoas com mutações genéticas que os fazia ter habilidades sobre-humanas inacreditáveis. Como única sobrevivente de um naufrágio, ela agora irá se juntar a uma família adotiva na maior cidade de mutantes do continente e precisará se adaptar a uma nova realidade. E logo aprenderá que ser diferente pode ser ainda mais difícil que viver em um mundo em guerra.

“Essa guerra existe desde antes do seu pai ter nascido. Você realmente acha que vai acabar um dia?”

“- São três muito simples: você não diz para ninguém o que se passa por aqui; você não faz alarde que é parte da turma; você sempre respeita os outros membros. Se você as descumprir, sua vida vira um inferno, certo?”

Imaginava algo diferente, imaginava que poderia me decepcionar. Muito, muito e de verdade. Só que a Barbara me surpreendeu. Estreou no mundo literário com um livro, que tem suas falhas claro, mas mostra que ela não veio para brincar, surpreende o leitor e vem trazendo consigo muito bagagem para ser discutida durante a trilogia!

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A Ilha dos Dissidentes é o primeiro volume da trilogia Anômalos da escritora brasileira estreante Barbara Morais e conta a história de Sybil. Uma sobrevivente que assim como nós leitores não conhecem muito sobre a situação atual da sociedade trabalhada na história, mas aos poucos começam a ser desenvolvida e apresentada aos leitores.

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Discutindo uma nova sociedade onde as pessoas normais tratam os “anômalos” como uma doença o livro tem seus momentos “X-man” onde os personagens descobrem seus poderes e como o mundo pode usá-los ao seu favor.

A discussão presente na história permeia a desigualdade a opressão e o medo.  É bem claro durante a escrita que por mais que Bárbara escreva para um público mais jovem ela não abandona as questões sociais e políticas. E ela entende disso.  A estrutura urbana das cidades de Pandora são bem desenvolvidas e a política é apresentada ainda no começo da história para desenvolver o papel (que pelo menos eu acho) será importante durante do desenrolar da trama.

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Eu gostei muito do livro, de uma forma que não imaginava. Gostei dos momentos onde a tensão juvenil e os hormônios mostram sua força, mas isso não é o ponto central da história. Sybil se mostra uma personagem incrível e com muito mais convicção e coragem do que muitas personagens de livros de autoras conhecidas e já veteranas no mundo das distopias.

Os coadjuvantes da história completam os momentos de tensão e alguns são um alívio cômico mais do que necessário. Gente, eu gostei demais do livro! *-*

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A edição da Editora Gutenberg está de arrasar. Quase não temos como perceber que é um livro nacional pois a capa está bem caracterizada e realmente não parece um livro brasileiro. Aguardo ansiosamente os novos volumes e te garanto. Se você gostou de outros livros do gênero onde os jovens são colocados em situações absurdas simplesmente para realizar algumas vontades?  Leia!

Minha única ressalva quanto ao livro é a forma com que uma “surpresa” final é contada. Eu acho que era para ser algo realmente surpreende e isso passou sem muito alarde. Foi um “óh um bônus para você esperar pelo segundo”. Mas não me comoveu e eu já tenho um ideia do que pode acontecer.

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Edição: 1 | Editora: Gutenberg | ISBN: 9788582350751 | Ano: 2013 | Páginas: 304

Nota: 4/5

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Nasceu e mora em Brasília e está se graduando em Economia pela Universidade de Brasília (UnB). É membro da Aiesec, organização internacional voltada ao intercâmbio cultural e desenvolvimento de lideranças entre jovens, e uma leitora voraz. Faz parte do Clube do Livro de Brasília e adora organizar eventos literários. Além de sua vasta experiência em trocar bilhetes em sala de aula, derrubar objetos por acidente e consumir cultura pop, ela escreve em seu blog, o Nem Um Pouco Épico (www.nemumpoucoepico.com). Já teve contos publicados em coletâneas, e sua trilogia “Anômalos” será publicada pela editora Gutenberg. O primeiro volume, “A ilha dos dissidentes”, foi lançado em setembro de 2013.

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