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[Resenha] A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra, de Robin Sloan | @Novo_Conceito

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A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo.

Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. Mas Jannon é curioso…

Hoje em dia há uma percepção de que não há nada novo no mundo do entretenimento. Grande parte dos filmes são adaptações e remakes, Series de TV não inovam e livros usam universos ficcionais, e temas parecidos. Eu não concordo com essa visão, acho sim que existe muito material original, e esse livro é um exemplo disso.

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A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra, é o primeiro romance do autor Robin Sloan, que apesar de ainda não ter um pagina na wikipedia, é uma pessoa envolvida com tecnologia e com mídias sociais. (E isso vai ser importante mais na frente)

O livro é narrado em primeira pessoa por Clay Jannon, que acaba indo trabalhar de atendente em… uma livraria… que fica aberta 24 horas… cujo o dono se chama Mr. Penumbra, como você já pode ter imaginado.

Mas ele logo percebe que a livraria é algo mais do que aparenta ser, ela é frequentada por clientes estranhos, que não compram, mas emprestam livros velhos e igualmente estranhos, e que ele é proibido pelo Mr. Penumbra de sequer olhar o que esta escrito dentro. Temos nosso pano de fundo para uma historia sensacional de mistério, digna da busca pelo Santo Graal.

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A narrativa é fluida, Clay é um protagonista fácil de se identificar, ele é a pessoa comum. Os outros personagens possuem personalidades completamente distintas, eles trazem novas opiniões, novas atitudes para a trama que fazem a historia se mover para frente, e todos acabam tento uma participação importante no enredo.

Os diálogos são criveis, os personagens conversam entre si como pessoas normais. Uma personagem fala da singularidade de uma forma que eu queria estar com lá com ela conversando também. (Super basicamente, é o ponto onde a tecnologia está tão avançada que você teoricamente poderia viver para sempre através de diferentes métodos, como transferir sua mente para um clone, fazer upload da sua mente para um robô ou ter nanites concertando seu corpo a todo instante)

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Outro ponto é o uso e citações de ferramentas e tecnologias que nós usamos todos os dias (e algumas que eu só ouvi falar pela primeira vez no livro) sem parecer algo que sua mãe escreveria sobre o Twitter por exemplo, como vemos muitas vezes com a tentativa de se “comunicar com o publico jovem”. E é por isso que eu citei acima o fato do Robin Sloan ter trabalhado (ou ainda trabalha, não sei) com mídias sociais.

Voltando a historia, ela consegue ser coerente do inicio ao fim, misturando fatos reais com ficção de forma coesa, me fazendo ir pesquisar no google pra ver se tal pessoa ou tal mecanismo existem ou foram inventados. E a resposta tanto no “sim” quanto no “não”, não deixou de ser legal.

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Gostaria de citar também a capa da edição brasileira da Novo Conceito que eu achei muito melhor que a original americana, mesmo essa brilhando no escuro.

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Um super pequenino Spoiler, que na verdade é mais uma curiosidade, mas que não vai estragar nada, mas se você realmente não quer saber nadica de nada volte após ler a pagina 142 ou terminar o livro.

 

No livro é citada uma fonte super famosa, a Griffo Gerritszoon, e seu criador de mesmo nome. Fui pesquisar na internet e Griffo Gerritszoon é um personagem fictício, mas é provavelmente a junção de duas pessoas reais, Francesco Griffo e Gerrit Gerritszoon, e o mais próximo da famosa fonte provavelmente seja a Times New Roman ou Palatino.

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