Por Matheus Bittencourt
Os Tronos eram forças que reinavam nos dias antigos com o título de “Luminares”, e através deles, a luz era derramada por todos os povos, espalhando sua sabedoria, justiça e paz. Mas as trevas, infelizmente, começaram a entrar naquele mundo e corromper os corações. Os Tronos foram enfraquecendo, e para manter a esperança eles criaram a Profecia, antes que sua luz fosse apagada de vez. A Profecia falava do retorno dos Tronos em dias futuros, onde este já seria dominado pelas trevas. Os três sinais dos “Luminares” estariam marcados nos corpos daqueles destinados a receber essa luz ancestral e poderosa. Dos três, um deveria assegurar o cumprimento dessa Profecia, sem se importar com as conseqüências; o outro deveria sacrificar a própria vida em troca da vitória; apenas um permaneceria oculto para sua própria segurança, pois em suas mãos repousaria o Cetro de Luz, símbolo dos antigos Tronos.
Será que essas três pessoas, portadoras dos poderosos sinais, teriam forças para lutar contra o mal e trazer de volta a sabedoria, justiça e paz dos dias antigos?
A Profecia de Hedhen é o primeiro livro da escritora cearense Cristina Aguiar lançado pela Modo Editora, e o primeiro volume da saga Os Tronos da Luz.
O livro em si é muito bonito, a capa principalmente, e a parte gráfica é muito bem feita, cada capitulo inicia com uma imagem de fundo, o que a principio pode incomodar, mas que não chega a atrapalhar a leitura. As ilustrações são muito bem feitas. Único erro foi no sumario, onde alguns dos capítulos não correspondiam com a pagina.
O livro basicamente é a história de duas mulheres, Deborah e Jael, que são a reencarnação de dois Luminares, cujo a chegada foi profetizada pelo Pai-Criador para acabar com o mal nas terras de Hedhen. É a sua premissa básica de “The Chosen One”, nesse caso The Chosen Two, onde o que poderia colocar esse livro a parte são as protagonistas…
Quando eu peguei o livro para ler, eu estava bem empolgado. Gosto muito de mitologias, por isso deuses antigos e profecias chamou minha atenção. Mas infelizmente, esse empolgação não seguiu até o final do livro.
A primeira coisa que me incomodou, foram que alguns diálogos eram muito cartunescos, não parecia uma conversas real, o que me tirava do “mundinho” algumas vezes. E em algumas partes, me deu a impressão que algumas cenas e diálogos eram postos simplesmente para aumentar o livro artificialmente, o que deixa a leitura de algumas partes maçante.
A historia do livro, é bem normal… não é boa nem ruim, e as protagonistas que poderiam transformar esse num grande livro, passam a maioria do tempo apáticas. Elas que devem salvar o mundo, só fazem o que esta na profecia. Se na profecia esta escrito que elas tem que ir, elas vão, se esta escrito que elas tem que lutar, elas lutam, se estivesse escrito que elas tem que pular, elas pulariam. A profecia é algo tão presente na historia que chega a ser prejudicial.
No final eu não estava envolvido com as personagens, não consegui formar um laço emocional, o que diminuiu a importância dessas mulheres na história. Por conta de tudo isso chego agora com a minha nota de 2,3 xícaras de café para A Profecia de Hedhen.
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