Esse é o primeiro post de uma trilogia de resenhas que irão para o ar esse mês, intitulada: “Resenhas do Aranha”.
Mas o que é isso, Dani?
Então, a Panini (PANINI!), lançou entre Maio e Abril nada mais nada menos que 3 sagas completas do Amigão da vizinhança, Homem Aranha. São arcos fechados de histórias, editados com miolo LWC e capa de papel cartão, as três com o mesmo estilo de lombada. E o melhor! O volume mais caro custa R$22,90. Não fura o orçamento de ninguém, e você terá grandes histórias na sua biblioteca de quadrinhos…
Vou começar pelo primeiro lançado: Homem Aranha: A morte de Jean DeWolff, roteiro de Peter David e desenhos de Rich Buckler e Sal Buscema. Já falei um pouquinho sobre esse encadernado no post de “Amor do mês” , mas como essa é uma excelente história, vou falar um pouquinho mais.
Tudo começa com a morte da Capitã de polícia Jean DeWolff, uma adorada policial que é assassinada a sangue frio dentro do seu apartamento. Toda a cidade se comove com a sua partida, mas um personagem fica profundamente marcado pelo ocorrido: o Homem Aranha.
Peter fica inconformado e passa a ajudar nas investigações do assassinato, descobrindo que a mente que está por trás do crime: o Devorador de Pecados, um vilão que justifica os seus atos na sua fé, dizendo que ao matar pecadores está purificando o mundo (olhem que tema pouco atual, né?).
O problema é descobrir quem é o tal do Devorador, pois esse é praticamente invencível. Até o Aranha leva uma coça dele…
Após matar a pobre policial, o Devorador de Pecados é responsável pela morte de um Juiz, e no local do crime o advogado Matt Murdock, a.k.a. Demolidor está presente. É, não adianta muito, né… #ironia
Agora o vilão está com todo o efetivo policial na sua cola, o Homem Aranha e o sensitivo Demolidor! Mas não é nem um pouco fácil do vilão ser preso, além do que nem tudo por ser preso…
Bom, a história tem muitoooos pontos interessantes. O primeiro é o quão afetado Peter fica pela morte de Jean, muitas vezes ao longo da trama ele perde a cabeça. Temos a relação entre o Homem Aranha e o Demolidor, além da revelação da identidade do aracnídeo para o advogado.
Um problema que ocorria nas metrópoles nos anos 80 também é tratado aqui: a grande quantidade de homicídios praticados por indivíduos excluídos e pessoas comuns, sem motivos pra gerar tamanha violência. Temos aqui a agressão causada pelo hóspede da pensão da Tia May, o senhor Ernie Popchik, que ao ser agredido, passa a andar com uma arma, passando de ameaçado para ameaçador.
Enfim, é uma história muitoooooo boa mesmo! Vale a pena empenhar R$21,90 no volume. Eu avalio A morte de Jean DeWolff com 4,4 xícaras de café da Tia May servidas pela Mary Jane.
muito bom post, essa historia é sensacional mesmo, depois dessa quero pegar o compilado do homem aranha 2099
Sexta que vem sairá a resenha do 2099! Fique de olho ^_^
Para aqueles que não suportam mais ler absurdos que inventam nas historias do personagem atualmente, esse clássico é uma boa pedida. Sabe um arco que merece ser republicado é A criança interior, que aqui foi publicado em Homem Aranha anual 5, no qual faz um paralelo entre as mentes conturbadas de Ratus e de Harry Osborn. Este, havia relembrado que tinha sido o Segundo Duende Verde e agora precisava lidar com isso. Mas a mente frágil de Harry não consegue suportar a verdade, enquanto é atormentado pela herança de seu pai. Assim, volta a usar o uniforme do Duende Verde e ataca o Homem-Aranha (que ele lembra ser Peter Parker) para se vingar da morte do pai. Adepto de temas polêmicos, mas tratados de maneira elegante e muito bem feita,o escritor DeMatteis revela que o principal problema de Ratus é ele ter sido abusado sexualmente pelo pai. Esta história é, sem sombras de dúvidas, uma das melhores do Homem-Aranha.