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[Resenha] O Livro da Loucura e das Curas de Regina O´Melveny | @Novo_Conceito

Após o desaparecimento repentino de seu pai, Gabriella Mondini enfrenta uma crise: sem o seu aconselhamento, ela não pode mais praticar a medicina. Então, junto de seus dois fiéis servos, Olmina e Lorenzo, ela explora toda a Europa para descobrir para onde — e por que — ele se foi.Seguindo pistas das ocasionais e enigmáticas cartas do pai, ela vasculha as capitais europeias expandindo os horizontes de seu mundo e acrescentando conhecimentos ao imenso livro das curas que está escrevendo.No entanto, ela não conhecerá apenas os limites físicos do continente, mas, também, os mistérios do amor, da perda e da mortalidade. Mistérios que estão no coração de cada alma viajante, especialmente na alma de seu pai.

Voltamos para a Itália em 1590 no livro escrito por Regina O’Malveny publicado nesse ano pela editora Novo Conceito. Em uma história muito bonita, mas um livro para quem está disposto a leituras mais calmas e lentas.

Fazia algum tempo que eu não pegava os livros de parceria da Novo Conceito para resenhar, mas fiquei encantada por O Livro da Loucura e das Curas por se passar na Itália (que vocês já devem saber, é uma das minhas paixões). Então embarquei na leitura que combina muito com esses dias frios e sem amor em Curitiba e depois de ler o livro, eu fiquei meio estranha… confesso que não consigo definir o que ele foi, sem ficar em cima do muro.

O livro trabalha vários pontos interessantes, se passa há muitas décadas e vem mostrar que se naquele tempo, ser mulher já não era fácil, imagina ser mulher e ter opinião, atitude e querer ser médica. Já que só existiam médicos homens e que tinham a orientação de algum membro mais velho da guilda de médicos.

E nesse universo rodeado de preconceito e costumes antigos, conhecemos uma protagonista decidida e cheia de vontade que vive presa por nascer em uma sociedade muito antiga para a sua mente feminina que quer fazer algo realmente construtivo e não ficar em casa bordando ou aprendendo a cozinhar para ser uma boa esposa.

Gabriella Mondini é uma protagonista, e eu até ouso chamar de heroína que te cativa dês do primeiro momento na leitura, é forte, e é muito bem desenvolvida durante o livro. Mas só uma protagonista com uma mãe que mais parece a madrasta da Cinderela não é suficiente para carregar um livro inteiro nas costas.

O problema de toda essa situação que me deixou meio insatisfeita com o livro foi o seu estilo narrativo. Ele me incomodou durante a leitura por ser tão calmo, tão chato cansativo as vezes que apesar de amar a personagem, amar visitar a antiga Itália, não tinha vontade de continuar lendo pois acabava não tendo algo realmente grande e fantástico na história que te motivasse a ler.

Então eu fiquei naquela situação de amor e ódio por um livro, onde a história me agradava por inteiro, mas o estilo que tudo foi conduzido acabava me deixando chateada porque a narrativa tinha tudo para ser interessante e não focar em diálogos desnecessários para prosseguir. O livro é muito bom, mas falhou muito nesse ponto para mim.

Só que eu não sou hipócrita e sei reconhecer que o erro também pode estar muito comigo. Pois enfrentei essa leitura quando tinha acabado de ler O Inferno de Dan Brown. E esse pode ser um ponto para ser levado em consideração quando eu julgo o livro pela narrativa não ser tão rápida.

Em resumo o livro é com certeza um livro que vale a pena ser lido, principalmente se você não leu Dan Brown antes. E eu ainda estou com vontade de ler novamente, depois de algum tempo, para comprovar que a culpa é toda minha e não do livro. (E eu espero que seja realmente minha).

Com uma diagramação linda e bem trabalhada a Novo Conceito novamente faz um trabalho incrível principalmente com essa capa e marcadores especiais que ficaram a coisa mais fofinha da minha vida <3

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