Seria um crime passar a semana de Halloween sem fazer alguma menção honrosa a American Horror Story. Então, como hoje é quarta-feira e o 4º episódio de Coven vai ao ar em poucas horas, o momento chegou.
Nada de história de vampiros envolvendo romances, zumbis envolvendo tiros ou serial killers super-herois (nada contra nenhum desses três estilos, aprecio todos largamente). American Horros Story é horror e horror e mais um pouquinho de horror.
Então, vamos colocar um pouco de Nova Orleans na mistura para comemorar a semana do dia das bruxas.
O que faz American Horror Story funcionar?
1. Estilo minissérie.
Porque histórias intermináveis cansam. A história acaba se prolongando mais do que o necessário, mudanças de showrunner destroem tudo e saber que o “fim” não vai chegar desagrada alguns telespectadores já que algumas histórias deveriam, realmente, terminar para serem perfeitas.
Com AHS isso não acontece. Cada temporada é uma historia por si só. Isso permite que os showrunners abordem múltiplos temas, não se prendendo a um único cenários e sempre deixa os fãs na expectativa do porvir.
2. Horror com drama
É uma mistura espetacular, não? Não uma coletânea de cenas de susto com um ou outro momento de alívio cômico: AHS traz cenas que embrulham o estômago, te enojam e te fazem gritar “P*ta que pariu, não acredito que eles fizeram isso”. Horror extremo tem que ser revoltante e denso. E eles fazem isso muito bem.
3. Criatividade interminável
Casa mal-assombrada, serial killer, experimentos nazistas, possessão demoníaca, bruxas, espíritos, abdução alienígena, figuras mitológicas… Na boa: esse pessoal não se repete. A criatividade deles parece não acabar nunca e, temporada após temporada, eles sempre conseguem trazer algo novo.
Não é necessário nenhum plot twist. A historia te surpreende a cada cena.
4. Jessica Lange
Ela é, por si só, um motivo para assistir AHS. Mesmo não sendo o único membro do elenco a se repetir, Lange se tornou o rosto da franquia e dói no coração ouvi-la dizer que pretende se aposentar em um futuro próximo. Mas fiquem tranquilos, responsáveis pelo seriado dizem que ela menciona isso todo ano e que, mesmo assim, está com o contrato assinado já para uma quarta temporada.
Retrospectiva
Murder House
O subtítulo da primeira temporada de AHS só surgiu depois que a segunda temporada já estava bem avançada. E foi um nome muito bem dado.
A premissa da história é um casal que se muda para o outro lado do país em uma tentativa de reestruturar suas vidas depois de um aborto e uma traição. Mas, infelizmente, sua nova casa é habitada por várias pessoas que ali morreram em anos passados.
Nota 10 para a interação entre mortos e vivos. Nada daquela coisa em que o fantasma aparece como uma criança com longos cabelos pretos que sai da sua televisão (nada contra esse estilo, também), mas os espíritos aparecem subitamente e de um modo absurdo e os moradores vivos acham, obviamente, que eles são outras pessoas vivas e inconvenientes. Isso gera dinâmicas incríveis ao longo do seriado.
Asylum
Algumas pessoas reclamaram da “quantidade de coisas” que acontece simultaneamente em Asylum:
Possessão demoníaca, serial killer, insanidade, experimentos nazistas, abdução alienígena, crimes e assassinatos… No começo da temporada, os showrunners anunciaram que Asylum não teria fantasmas, como em Murder House. Mas também, foi só isso que Asylum não teve, porque o que não faltou foram diferentes elementos de horror.
Eu, particularmente, adorei a mistura. Serviu para criar um clima louco – já que a história se passa em um asilo – em que você nunca sabe exatamente o que está acontecendo ou o que pode acontecer. Tudo pode estar interligado ou tudo pode estar acontecendo de forma independente. O que contribui para a ideia de “a cada episódio, algo inesperado”.
Coven
Diferentes tipos de bruxaria, tortura, figuras históricas e mitológicas, imortalidade, feitiços, poções, incesto e uma clara homenagem ao trabalho literário mais famoso de Mary Shelley: isso é o que você vai encontrar em Coven. É difícil dar uma opinião completa, já que só três episódios foram exibidos, mas, até o momento, não está decepcionando.
O elenco de AHS se repete bastante o que torna a história ainda mais interessante. É uma nova fórmula e a cada nova temporada queremos ver qual personagem nossos autores favoritos vão encarnar dessa vez.
Jessica Lange, é claro, participou das três temporadas. Em Muder House ela foi a misteriosa e inconveniente vizinha Constance, em Asylum era a irmã Jude, responsável pela Instituição Mental Briarcliff onde a história se passa. Em Coven, ela é a bruxa Suprema Fiona Goode.
Lily Rabe, Evan Peters e Frances Conroy também estiveram em todas as temporadas, até o momento.
Sarah Paulson voltou em Coven, depois de ter feito uma espetacular atuação em Asylum como Lana Winters. Taissa Farmiga interpretou a filha do casal Harmon em Murder House e, apesar de não ter voltado em Asylum, está em Coven.
Enfim… os nomes se repetem e é excelente ver os mesmos atores em papeis tão diferentes. Dá um je ne sais quois a mais pra uma história já excelente.
Halloween é só amanhã, Dia de Finados só fim de semana. Mas hoje é dia de American Horror Story. Então, vista sua melhor roupa preta e prepare-se para começar a comemorar em grande estilo os dias mais assustadores do ano.
Adorei o post sobre a minha série favorita! Só uma coisa, Sarah Paulso esteve presente nas três temporadas, na primeira temporada (Murder House) ela fez, Billie Dean uma jornalista.