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Sesc PR realiza ações em alusão ao Dia da Consciência Negra

Um dia para refletirmos sobre a trajetória da população negra ao longo da história do Brasil e seus impactos nas vivências atuais. Entendendo a importância do tema, que é celebrado no dia 20 de novembro, a Gerência de Cultura preparou ações on-line e presenciais, todas gratuitas, para celebrar as tradições e manifestações, bem como debater a pauta da consciência negra no nosso país atualmente. Confira abaixo nossa programação:

Dia 20, às 19h: Live musical Saudação Odara – on-line

O show fica a cargo da cantora Rubia Divino e do convidado Daniel Monteles. Saudação Odara, que canta e encanta o sagrado, a terra e sua abertura de caminhos em uma celebração de novos ventos, revisita músicas da cultura afro-brasileira e composições autorais. Os artistas serão acompanhados pelos músicos Matheus Braga, nas cordas, e Denis Mariano, na bateria/ percussão. Link para transmissão: https://www.sescpr.com.br/2021/11/sesc-pr-apresenta-live-show-saudacao-odara/

Dia 21, às 16h: Café com Quê? – Ciclo de ConVersas: Autoria Negra, Cultura e Educação – on-line

No último encontro deste Ciclo de Conversas, vamos receber as professoras Amanda Crispim, pesquisadora da obra de Carolina Maria de Jesus, e Vera Eunice de Jesus, filha da escritora e responsável hoje pela difusão de sua obra. Vamos pensar formas que possibilitem a inserção da obra de Carolina – e de outras autoras e autores negros – nas escolas como possibilidade de vivências, de democratização cultural e de uma educação antirracista. Link para participação: https://www.sescpr.com.br/atividade/ciclo-conversas-autoria-negra-cultura-e-educacao-21-11-2021-1600/

Dia 25, às 18h: Exposição e Sessão de autógrafos Livro The Colour of Time, de Dan Jones e Marina Amaral – presencial e on-line

Até o dia 30 de janeiro de 2022 o Sesc Paço da Liberdade, em Curitiba, sedia a exposição de Marina Amaral, artista mineira mundialmente conhecida por utilizar cores para dar “vida” a fotografias em preto e branco. A mostra une os projetos “Faces of Aushwitz” e “Escravidão no Brasil”, e traz retratos de escravizados que foram registrados por um fotógrafo alemão na década de 60 do século XIX. Às 19h acontece um bate-papo virtual com a artista acerca do projeto exposto, e tem a mediação de Luciano Chinda. Para visitar a exposição não é necessário agendamento. Link para participação do bate-papo: https://www.sescpr.com.br/atividade/bate-papo-virtual-sobre-a-mostra-faces-of-auschwitz-e-escravidao-no-brasil-25-11-2021-1900/

Dia 30, às 19h: Sesc Mulheres – Interseccionalidade, gênero, raça e produção artística – on-line

Neste mês de novembro, o Sesc Mulheres traz a mulher negra para o centro do debate por meio do tema “Interseccionalidade: gênero, raça e produção artística”. As convidadas Tatiana Tibúrcio (RJ), atriz, diretora teatral e professora, e Kátia Drumond (PR), cantora, coreógrafa e atriz, trazem suas visões de mundo e também suas experiências de vida no campo cultural para um conversa mediada pela produtora Brenda Santos (PR). A conversa propõe uma reflexão sobre as trajetórias, os desafios e as conquistas de mulheres negras que trabalham e vivem a arte e a cultura. Link para transmissão: https://www.sescpr.com.br/atividade/sesc-mulheres-interseccionalidade-genero-raca-e-producao-artistica-30-11-2021-1900/

Sobre os artistas e participantes

LUBI PRATES é poeta, tradutora, editora, curadora de literatura e doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento Humano (USP). Escreveu os livros “Coração na Boca”, “Triz” e “Um Corpo Negro” (bolsa de criação e publicação de poesia pelo Programa de Ação Cultural). Esta última obra está em processo de publicação na Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Espanha e França, além de ter sido finalista do 61º Prêmio Jabuti e do 4º Prêmio Rio de Literatura. Também já publicou plaquetes, antologias e revistas nacionais e internacionais. Sócia-fundadora da nosotros editorial, edita a revista literária Parênteses e dedica-se a ações que combatem a invisibilidade de mulheres e negros.

CIDINHA DA SILVA é escritora e editora. Graduada em História pela UFMG e doutoranda no DMMDC da Universidade Federal da Bahia. Tem dezessete livros de literatura publicados, entre eles Um Exu em Nova York, que recebeu o Prêmio Clarice Lispector (categoria contos) da Fundação Biblioteca Nacional em 2019; e Explosão Feminista, do qual é coautora e foi finalista do Prêmio Jabuti (2019) e recebeu o Prêmio Rio Literatura 4ª edição (categoria ensaio). Participa da coletânea Questão de pele, composta por contistas brasileiros que tematizaram o preconceito racial (2009). Tem textos traduzidos e publicados em alemão, catalão, espanhol, francês, italiano e inglês. É uma das 100 autoras e autores negros cuja obra foi analisada na coletânea Literatura e Afrodescendência: antologia crítica (Org. Eduardo Assis, Editora UFMG, 2011). Sua fortuna dramatúrgica abarca os textos Sangoma, Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas e Os coloridos. Contabiliza mais de 50 artigos e ensaios envolvendo os temas relações raciais, gênero, juventude e educação, publicados prioritariamente no Brasil no período de 1992 a 2006, mas também na Itália, Reino Unido, Costa Rica, Uruguai e Estados Unidos.

JEFERSON TENÓRIO é mestre em literaturas Luso-africanas pela UFRGS e doutor em teoria literária pela PUC RS. Atuou como bolsista Capes em projetos de pesquisas voltados para estudos de literaturas luso-africanas, com ênfase nos temas de colonialismo, pós-colonialismo, identidade e diáspora africana na pós-modernidade. Como escritor, conquistou diversas premiações de destaque, entre eles o de Livro do Ano, para O beijo na parede (2014) e Estela sem Deus (2018). Teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol. Seu mais recente lançamento, O avesso da pele (2020), já teve os direitos de adaptação comprados para o cinema, assim como os direitos de publicação vendidos para Itália e Portugal.

LUCAS TOLEDO é mestre e doutor em Letras (Estudos Literários) e especialista em Literatura Brasileira, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).  Ministra palestras, cursos e oficinas sobre a autoria negra nas artes, as representações da afroancestralidade, sobretudo na obra do cantor Criolo, corpus de sua pesquisa acadêmica.

AMANDA CRISPIM é doutora em Letras pela Universidade Estadual de Londrina, onde desenvolveu sua pesquisa sobre poemas de Carolina Maria de Jesus, e é também mestre em Estudos Literários pela UFMG, onde desenvolveu pesquisa em torno do conceito de escrevivência e memória afro-brasileira a partir da produção das escritoras Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo e Geni Guimarães. Desde 2008, desenvolve pesquisas em torno da temática de literatura de autoria de mulheres negras brasileiras. Ministra palestras e cursos sobre o tema, realizou lives, conduziu discussões de obras e orientou trabalhos em torno do assunto. Atualmente, compõe o conselho editorial que organiza e republica as obras de Carolina pela Companhia das Letras.

VERA EUNICE DE JESUS é professora e reconhecida como um das mais importantes difusoras da obra de sua mãe – Carolina Maria de Jesus – autora cada vez mais pesquisada e representativa do silenciamento de mulheres negras em nossa literatura. É pesquisadora das literaturas de autoria negra e, principalmente, da biografia e das obras deixadas por Carolina. Em 2021, a editora Companhia das Letras anunciou a criação de um conselho editorial coordenado por Vera Eunice para lançar uma série de obras de Carolina, com reedições de livros já publicados e material inédito. No total, são 27 obras, entre romances, poesias, peças de teatro e contos. Além disso, Vera Eunice prepara biografia da mãe e segue dando palestras, oficinas e participando de eventos em que fomenta a discussão sobre a presença de Carolina no cânone literário brasileiro.

RUBIA DIVINO é cantora e compositora brasileira. Radicada no Paraná, a carioca de pé vermelho imerge artisticamente na música preta popular e suas misturas, ressignificando com olhos, ouvidos e coração a sonoridade, a memória e as sensações advindas da diáspora na ação da voz.

MARINA AMARAL é uma colorista digital especializada em adicionar cores a fotografias históricas em preto e branco. Marina colaborou com várias empresas, editoras, museus e instituições importantes, incluindo History Channel, PBS, People Magazine, Tatler Magazine, English Heritage, New Regency, Pan MacMillan, Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau e Memorial Nacional de Paz e Justiça em Alabama. Ela é a fundadora do Faces of Auschwitz e tem uma página na BBC History Revealed Magazine.

TATIANA TIBURCIO é uma atriz brasileira, idealizadora do projeto artístico “Negro Olhar – Ciclo de Leituras Dramatizadas com Autores e Artistas Negros”. Integrante do Amok Teatro, foi indicada ao Prêmio Shell no ano de 2015 como melhor atriz[2] por seu trabalho na peça “Salina – A última vértebra”. Tem passagem por várias produções da TV Globo, e em 2020 integrou o elenco do especial Falas Negras, interpretando a doméstica Mirtes de Souza, personagem baseado na história real de uma mãe cujo filho de 5 anos caiu de um prédio de luxo em Recife. Por sua atuação, Tatiana venceu o Troféu APCA de melhor atriz.

MARINA AMARAL é uma colorista digital especializada em adicionar cores a fotografias históricas em preto e branco. Marina colaborou com várias empresas, editoras, museus e instituições importantes, incluindo History Channel, PBS, People Magazine, Tatler Magazine, English Heritage, New Regency, Pan MacMillan, Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau e Memorial Nacional de Paz e Justiça em Alabama. Ela é a fundadora do Faces of Auschwitz e tem uma página na BBC History Revealed Magazine.

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