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A aventura surreal mexicana na Graphic Novel Brasileira “Guadalupe”

Já fazia muito tempo que eu queria ler Guadalupe. Aquela Graphic Novel de 2012 com uma capa vermelha chamativa com uma mulher e uma águia. Com ares de mexicana, mas escrita em terras tupiniquins, Guadalupe é mais uma história nacional que a gente esquece que existe, até ela cair nas nossas mãos e nos mostrar o que nossos ilustradores e roteiristas brasileiros estão fazendo.

Solicitei na parceria com a Companhia das Letras, estava com muita vontade de ler um quadrinho e Guadalupe estava na wishilist faz muito tempo. Quando ela chegou eu devorei rapidamente, com poucos diálogos e um traço bruto, a Graphic Novel vai se desenvolvendo rapidamente para discutir algumas questões interessantes, principalmente a tolerância e o preconceito.




Guadalupe, nossa personagem principal, está ali assim como eu e você, perdidos na história na maior parte do quadrinho. Mas que aos poucos vai se acostumando com aquele clima mexicano, todo cheio de crenças e superstições. Histórias antigas, deuses, promessas de família e ensinamentos.

Mas acredito que o encanto do quadrinho esteja nos personagens que estão ao redor de Guadalupe, sua família, seus amigos, toda a sua história. São e dançarinos, gays, lésbicas, pessoas como nós, mas que por preconceito a humanidade tenta dizer que são diferentes. A história trabalha de forma muito interessante o que o preconceito pode fazer com o amor e o que muitas dessas pessoas passam e sofrem dia após dia.



Mas com uma morte inesperada, Guadalupe parte em uma aventura surreal para um enterro. Com direito a drogas, espíritos de outro mundo e super poderes, a menina descobre mais sobre si do que imagina, se tudo aquilo não passou de imaginação de Guadalupe talvez nunca saberemos, mas com uma ilustração quase crua, e que pode até incomodar, descobrir um pouco também de onde viemos e para onde estamos indo.

ISBN-13: 9788535921953 | ISBN-10: 8535921958 | Ano: 2012 | Páginas: 120 |Editora: Quadrinhos na Cia.

ANGÉLICA FREITAS: Nasceu em 1973, em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Publicou, entre outros, o premiado volume de poesias Rilke shake, além do recente Um útero é do tamanho de um punho, ambos pela Cosac Naify. Suas obras já foram traduzidas na Argentina, Espanha, México, Estados Unidos, Alemanha e França.

ODYR: Nasceu em 1967, também em Pelotas. É editor, quadrinista e artista gráfico. Com S. Lobo, lançou a graphic novel Copacabana(Desiderata, 2009), indicada ao prêmio HQ Mix. Seus quadrinhos foram publicados nas revistas Sexy, Trip, Mosh, Graffitti, Revista do Globo e nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo.

{ Esse livro foi enviado pela editora Quadrinhos na Cia. para resenha no blog. Em compromisso com o leitor, sempre informamos toda forma de publicidade realizada pelo blog

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Baci ;*

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