“- Seja o que for – continua Tom -, nossas mentes não conseguem entender. Pelo que parece, as criaturas são como o infinito. Algo complexo demais para nossa cabeça. Sabe?”
Depois do grande alvoroço da internet por Caixa de Pássaros, nasceu a vontade de ler esse livro ao qual todo mundo tinha falado. Deixei o hype passar e finalmente peguei ele para leitura, e como já imaginava, foi uma leitura surpreendente na primeira metade do livro e um final decepcionante ao qual eu só conseguia balançar a cabeça vendo o óbvio chegando sem que eu pudesse fazer algo a respeito e foi aí que comecei a fazer uma pequena análise sobre nós que lemos o livro e o que ele nos mostra.
Caixa de Pássaros é um livro de suspense que rodeia o terror com possibilidades de criaturas que podem te deixar louco. Com uma narrativa rápida e uma personagem que consegue se superar e mostrar desde o começo quem ela é e como reage em situações de grande stress. Pois afinal, é com a notícia do filho e como ela reage a este momento que o autor dá o tom a personagem, mostrando sua personalidade e construindo sua protagonista.
Após nos apresentar sua protagonista e seu cenário, Josh nós faz entrar naquele meio, nos mostra o quanto aqueles personagens perderam, o quanto eles podem errar, o quanto estão em uma situação onde jamais gostaríamos nem de imaginar estar. Ele nos aproxima dos personagens nos mostrando que aquilo não vai ter um final feliz, quando nos intercala as passagens do passado com o presente. Ele sabe jogar com leitor, ele sabe que vamos querer lutar por Malorie.
“Ele encontra outra casa e espera passar a noite nela. Se as janelas estiverem protegidas, se uma busca lhes der confiança e se não forem recepcionados pelo cheiro da morte.”
E assim, ele nos contrói um cenário perfeito para o seu final esperado. Ele cria a noção de que somos responsáveis por Malorie e não podemos querer nada além de um final feliz para esta mão que passou mais de quatro sem olhar o mundo a sua volta. Que juntou todas as suas forças pra escapar. Ele nos leva até o final para tudo ficar bem e com isso nos mostra que:
Precisamos de finais felizes.
Não, não estamos preparados para ver uma mãe morrer após tentar de tudo por seus filhos. Não estamos preparados para não ter respostas. Se o livro acabasse ali, na escolha do caminho, o que você acharia? Já pensou que incrível se ela não abrisse os olhos? Se ficasse com medo como uma pessoa normal e nós nunca soubéssemos se Maloria fez a escolha correta?
Mas não estamos prontos para isso. Isso nos tiraria o sono, nos perguntaríamos pelas crianças, diríamos que o mundo já é ruim demais e quando vamos para a literatura para esquecer as tristezas, o autor nos tira as esperanças, as respostas.
Termieni a Caixa de Pássaros decepcionada por receber algo que já era esperado. Que apesar do livro ter uma escrita gostosa, trabalhar com a tensão e ter uma ideia original e muito boa de ler, ele fez apenas o esperado e nos mostrou como precisamos de finais felizes para continuar vivendo. Se você quiser curtir, ainda temos uma playlist criada pelo autor para acompanhar a leitura.
ISBN-13: 9788580576528 | ISBN-10: 8580576520 | Ano: 2015 | Páginas: 272 | Editora: Intrínseca
Josh Malerman é cantor e compositor da banda de rock High Strung. Caixa de pássaros é o seu romance de estreia.
{ Esse livro foi enviado pela editora Intrínseca para resenha no blog. Em compromisso com o leitor, sempre informamos toda forma de publicidade realizada pelo blog }
Baci ;*
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Eu fiquei mega decepcionado com o rumo que a história tomou. Além de deixar muitas pontas soltas ao longo da narrativa, o autor faz a escolha de nos dar um final extremamente clichê e, como você disse, nos agrada com a possibilidade de um final feliz.
Acredito que em livros desse gênero o leitor quer ter respostas para os mistérios. Não quer sair do livro com a sensação de que NADA foi respondido e que não te dá o mínimo pra imaginar o que possa acontecer. Acho que o autor desperdiçou uma chance enorme.
Fiquei frustrado quando vi que o mistério não seria solucionado e que o autor não deu pista alguma para que eu pudesse imaginar por mim mesmo. Até hoje tento pensar o que poderia ser a criatura, mas não consigo. Não consigo não porque não tenho imaginação, mas sim porque pode ser qualquer coisa e sem um mínimo de características não dá pra pensar em algo mais concreto.
Enfim. Um livro bom, com um potencial enorme desperdiçado.
Uma observação enorme aqui para as fotografias. LINDÍSSIMAS. Sem mais.
Eu fiz como vc! Esperei passar a febre para começar a ler a história.
A leitura me prendeu no começo, apesar de ter acho umas partes forçadas para uma gestante, porém o final não me convenceu e fiquei imaginando como seria se ela continuasse com os olhos fechados.
Senti medo sim, no começo! E fiquei me questionando o que seria capaz de causar tudo isso
Esse livro é muito bom. A maneira como a história é desenvolvida em tempos diferentes, você ter dificuldade de visualizar como o tempo passado irá encontrar o presente é muito angustiante.
A forma que o conto do Cthulhu foi reimaginado nos mostra que a mais de uma forma de se contar uma mesma história.
Infelizmente não gostei do livro, historia enfática, como mencionou o diego sobre as criaturas, a unica imagem que posso imaginar é a das criaturas que aparece no filme “O estranho Tomas”, fora isso achei decepcionante, quase nao termino de ler.