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Patti Smith escreve sobre nada e fala sobre tudo em “Linha M”

Depois de “Só Garotos” a companhia das Letras trouxe “Linha M” da escritora e cantora Patti Smith para o Brasil e apensar de não ter lido o primeiro livro eu fui corajosa e me aventurei na leitura de “Linha M” em mais uma das minhas viagens Curitiba – Blumenau e nem reparei quando já tinha chegado na rodoviária de tão entretida no jeito despretensioso de Patti Smith de escrever sobre nada.

Com a voz de Patti Smith cantando um cover de Smell Like Teen Spirit eu começo a escrever a resenha de um livro que foi uma experiência incrível. Meu interesse por Patti Smith nasceu no dia do seu aniversário. Mesmo eu não sendo a louca dos signos, a data de aniversário das pessoas sempre me chamou a atenção. Quando eu era uma adolescente com uma camiseta da Janis Joplin com acesso ao computador  eu passava meu tempo descobrindo novas bandas e descobrindo a data de aniversário dos cantores. Patti faz aniversário em 30 de dezembro, eu no dia 29 de dezembro.

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Patricia Lee Smith foi uma das vozes femininas mais fortes na época punk do rock n’roll. Com seu album Horses, ela trouxe uma voz e força feminina para o cenário que sempre esteve tão cheio de homens inconsequentes.

A poeta, escritora, compositora e mulher Patti Smith nos conquista por sua voz e personalidade. Que ainda hoje permanecem fortes 69 anos e maravilhosos cabelos brancos. Em turnê com seu livro “Linha M”, Patti nos mostra com uma narrativa sincera e nada vitimista que até mesmo os astros do rock já sonharam em ser donos de um pequeno café onde as pessoas podem ir conversar e escrever seus poemas pela manhã.

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Ao decorrer de “Linha M” você descobre mais sobre a mente cheia de aspirações e vontades de Patti, conhece mais sobre suas influências e vai ser abarrotado por referências e recomendações, como 2666 de Roberto Bolaño.

Do fim do mundo da América até os cafés na Rússia, Smith vai nos levar por suas aventuras para nos mostrar antes de qualquer coisa o quanto devemos simplesmente nos jogar em algumas situações, mesmo que elas nos levem a um hotelzinho para assistir mais alguns episódios de séries policiais. Para quem gosta de Patti Smith, é mais uma aventura sem volta pelo seu mundo que pode dizer muito mais para seus leitores, do que a própria autora imaginou. De vez em quando, é muito bom ler sobre nada.

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ISBN-13: 9788535926934 | ISBN-10: 8535926933 | Ano: 2016 | Páginas: 216 | Editora: Companhia das Letras

Antes de completar 21 anos, Patti Smith, a “poetisa do punk” mudou-se para Nova York, onde conheceu Robert Mapplethorpe, seu companheiro e amigo de muitos anos. Patti ganhou reconhecimento nos anos 1970 por sua fusão revolucionária de poesia com rock, e seu disco Horses, tido como precursor do punk, é considerado um dos cem melhores álbuns de todos os tempos. Ela gravou uma série de discos e publicou livros de poesia como Babel e Auguries of Innocence. Em 1973, Patti expôs seus primeiros desenhos. Em 2008, a Fundação Cartier de Paris fez uma grande mostra com fotografias, instalações e desenhos da artista.

{ Esse livro foi enviado pela editora Companhia das Letras para resenha no blog. Em compromisso com o leitor, sempre informamos toda forma de publicidade realizada pelo blog

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Baci ;*

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