“Sozinha entre todos os aprendizes do Clã dos Magos, somente Sonea vem de uma classe menos privilegiada. No entanto, ela ganhou aliados poderosos, como Lorde Dannyl, recentemente promovido a Embaixador. Ele terá, agora, de partir para a corte de Elyne, deixando Sonea à mercê dos boatos maliciosos e mentirosos que seus inimigos continuam espalhando… até o Lorde Supremo entrar em cena. Entretanto, o preço do apoio de Akkarin é alto porque, em troca, Sonea deve proteger seus mistérios mais sombrios. Enquanto isso, a ordem que Dannyl está obedecendo, de buscar fatos sobre a longa pesquisa abandonada de Akkarin sobre o conhecimento mágico antigo, que está levando a uma extraordinária jornada, chegando cada vez mais perto de um futuro surpreendente e perigoso”.
Com muito entusiasmo venho uma semana depois da resenha de “O Clã dos Magos” falar sobre o segundo livro da Trilogia do Mago Negro, A Aprendiz, escrito pela Trudi Canavan e lançado aqui no Brasil pela Editora Novo Conceito (s2).
Quem leu a resenha d’O Clã dos Magos viu que eu gostei muito, mas que o início deixou a desejar, né? Pois bem… Em A Aprendiz o tédio inicial não ocorreu, e pelo contrário, o livro foi eletrizante do início ao fim, deixando novamente aquele delicioso, mas maldito, gostinho de quero ler mais.
Já conhecemos os personagens e poucos outros personagens são inseridos na trama. Nosso ódio muda de figura, passando do Lorde Fergun para o irritante aprendiz Regin. Sério, se você não detestar ele já nas primeiras páginas, você provavelmente foi um valentão ou tem tendências estranhas.
Sonea, como título indica, começa a sua vida dentro do clã como aprendiz, guiada por Lorde Rothen (*-* amo muito o tio Rothen). Além de todas as provações naturais que ela teria como uma aprendiz normal, o fato de ela ser favelada desperta muito preconceito entre os seus “colegas” aprendizes, passando a ser fortemente assediada por eles. Mas, como conhecemos Sonea, ela não se deixa abalar por isso, e com a ajuda de Rothen tenta se fortalecer.
Mas A Aprendiz não se resume à Sonea. Pelo contrário, temos o ponto de vista de Rothen e do Administrador Lorlen, que passam a guardar o enorme segredo revelado em O Clã dos Magos, e do Lorde Dannyl, que é nomeado Segundo Embaixador do Clã em Elyne (um país das Terras Aliadas), e é incumbido de pesquisar sobre a história do enigmático Lorde Supremo do Clã, Lorde Akkarin.
E é aqui que eu preciso falar sobre algo que mexeu de verdade comigo: a destreza da senhora Canavan ao abordar um tema super-hiper-mega-ultra polêmico, como ainda é o homossexualismo, de maneira tão sutil e bem inserida. Em O Clã dos Magos fica a suposição no ar de algumas coisas sobre certo Lorde bastante importante na trama, já em A Aprendiz somos apresentados a um conflito interno muito grande por parte desse mago, ponderando os aspectos culturais, sociais e todas as implicações que a sua sexualidade pode lhe trazer.
FANTÁSTICO.
Além disso, a habilidade da Trudi de nos surpreender faz-se presente novamente, e de maneira ainda mais proeminente. Ela conduz os nossos pensamentos durante 530 páginas, para nos instantes finais te deixar com aquela pulguinha atrás da orelha, que você sabe que será solucionada no próximo livro.
Enfim, temos novas culturas sendo apresentadas, abordagens mais profundas sobre os magos do Clã, e cada vez mais uma Sonea mais forte e promissora. Ah, seguindo os moldes do Clã dos Magos, temos um livro muitooo bonito, com folhasamarelas e uma linda capa *-*
Agora tenho que dar a nota, né? Pensei, pensei, pensei… e vou dar 4,5 copos de chá gelado com limão (o meu favorito) para o segundo volume INCRÍVEL da Trilogia do Mago Negro. (Não vejo a hora de começar a ler o Lorde Supremo, o último livro da Trilogia).
PS: Sério, se você gosta de literatura fantástica invista nessa trilogia… dica de amiga.
Tenho 2 livros da trilogia, só falta esse!