Sinopse: Parte lobo, parte cão, Caninos Brancos é vendido por seu dono índio ao perverso Beleza Smith. Sofrendo mil tormentos, o animal aprende que para sobreviver é preciso adaptar-se sempre e sempre. Nesta aventura clássica, Jack London mais uma vez traça um empolgante paralelo entre bicho e homem, natureza e civilização.
“Continuo agarrado à asa, a rosnar por entre os dentes cerrados. Durante a luta, a perdiz arrastou-o para fora do maciço de folhagem; depois, voltando-se, tentou leva-lo de novo para ali. Ele, porém, resistiu e com um safanão puxou para o espaço aberto. Entretanto a sua presa fazia um alarido ensurdecedor e batia com a asa livre, enquanto as penas voavam, como uma chuva de neve. O lobinho achava-se tremendamente excitado. O instinto lutador da raça, assim desperto, invadido. Aquilo era viver, embora ele não o soubesse. Estava a desempenhar o papel que lhe cabia na vida, aquele para que fora criado: o do carnívoro que tem que lutar matar para conseguir a sua alimentação.
Eu não conhecia Jack London. Só de nome. Não tinha lido nada dele, e todo mundo sempre me falava da sua escrita e o quanto ele era incrível, logo… sempre tive muito medo de ler. Já imaginou se eu não gostasse do cara? Sempre rola aquela pressão quando você está lendo um clássico consagrado. O bom, foi que eu consegui entrar na onda dos apaixonados pelo Jack. O cara é realmente bom!
Como disse, sempre dá aquele medo e tem aquela pressão quando vamos ler um clássico. Eu confesso que amo eles, e adoro essas edições da Penguin por ajudar muito a leitura com um prefácio que adiciona muito para quem vai começar a ler um livro que pode não entender sem ter aquela breve explicação. E esses prefácios foi uma das inspirações para criar o quadro “O que você precisa saber antes de ler” lá do nosso canal.
Então foi assim, com um prefácio maravilhoso do Daniel Galera que me colocou no mundo do London e me mostrou muito sobre o que estava por vir. E grande parte do que eu senti e aprendi com esse livro foi proporcionado por esse prefácio, por isso, por mais que seja chato as vezes, LEIAM OS PREFÁCIOS! #DicaDaTiaAnna
Eu já indiquei Caninos Brancos nesse vídeo, só que só consegui falar sobre ele em resenha hoje, então vamos tentar explicar tudinho! Caninos Brancos é um livro profundo, em descrito e que consegue fazer o leitor adentrar a sua história com uma facilidade incrível. Jack London consegue descrever a natureza de algo ou alguém de uma forma genial. Eu queria saber descrever como esse cara, ele consegue te prender, de instigar e ao mesmo tempo te dar tudo o que você precisa para imaginar a história por completo, sem faltar momentos ou sentimentos.
Com alguns diálogos até um pouco curiosos a desenvoltura da obra se completa com um final interessante e que eu tenho certeza, você vai gostar! Acho que o que transforma Caninos Brancos em um livro ótimo para ler é a facilidade com que ele é construído e a forma com que ele é fácil mesmo para quem não está acostumada a ler livros mais antigos e clássicos. Aqui não precisa ter medo!
A edição da Penguin é igual a todos os clássicos que eu já resenhei aqui: 12 Anos de Escravidão, O Grande Gatsby e O Jardim Secreto! Acho essas edições muito legais, mesmo sem ter orelha e ter a capa fraquinha.
Edição: 1 | Editora: Penguin Companhia | ISBN: 9788563560858 | Ano: 2014 | Páginas: 296
Nota: 5/5
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Pseudônimo de John Griffith Chaney, foi um escritor americano, autor de mais de 50 livros, dentre os quais, The Call of the Wild, White Fang e The Sea-Wolf. Foi o autor mais bem pago dos Estados unidos e o americano mais lido no exterior. Após anos de problemas com alcoolismo, faleceu aos 40 anos.