Sinopse: A história conta uma aventura vivida por dois companheiros, um simples senhor, sem dinheiro, emprego, ou família, e seu cachorro, que farão o possível para viver e sobreviver a sua “viagem” pelo interior do Japão. O grande diferencial da narrativa fica por conta do ponto de vista. Os acontecimentos são vistos sempre pelo olhar do cachorro, e a perspectiva canina dos fatos e seus sentimentos são os companheiros do leitor ao longo das páginas.
“Os cães são o nosso elo com o Paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.” – Milan Kundera
Quem me conhece, sabe da paixão extrema que tenho por cachorros. Não posso tê-los em casa atualmente por causa do espaço, mas já tive mais de 15 cachorros durante esses meus 22 anos de vida. A paixão que tenho por esses animais não se explica. Já tive cachorros que salvaram a minha vida, que me mostraram a amizade verdadeira e que quando partiram para o céu, levaram junto consigo, um pedaço de mim.
Antes de começar essa resenha, quero contar para vocês uma história que guardo comigo. Eu sei que vocês querem saber o que achei de O Cão que Guarda as Estrelas, mas antes… para mostrar o quanto cachorros são emblemáticos na minha vida.
Quando eu tinha uns 6 anos de idade eu ganhei dos cachorros que eram irmãos. A Lessie e o Falcon. A Lessie era bem simpatica e brincava com todo mundo, só que isso acabou levando ela a morte. Deram veneno pra ela no portão e ela não conseguiu sobreviver. Lembro que meu pai depois de chegar em casa, tentar salvá-la e não conseguir, pegou o seu cigarro, sentou no degrau da porta e me chamou para sentar ao lado dele.
Aquela era a primeira vez que eu tive contato com a morte. Era a primeira vez que uma pessoa (ou animal no caso) perto de mim morria e eu conseguia entender o que tinha acontecido. A Lessie era minha companheira e a minha tristeza era mais do que visível.
Foi nesse momento que meu pai me ensinou algo que eu nunca esqueci durante a minha vida. Ele me disse que a Lessie tinha ido para o céu, mas não iria me abandonar. Durante o dia ela me seguiria para onde eu fosse e depois, a noite, quando eu olhasse para o céu, eu veria nas estrelas, todos os caminhos que ela tinha feito durante o dia.
Isso ficou gravado em mim, e quatro anos depois eu tive que contar essa mesma história para o meu irmão quando nosso pai foi para o céu.
Aquele momento me ajudou a passar por muitas coisas durante a vida. E para mim, estrelas e cachorros sempre me deixam emocionada… Agora vamos a resenha!
Eu não sei nem como começar a falar sobre esse mangá. Eu terminei ele em prantos e nem imaginava que ele iria me tocar tanto assim.
O Cão que Guarda as Estrelas é uma história sobre amizade, comprometimento, arrependimentos e construção de caráter que te faz pensar sobre suas atitudes e sobre seu futuro. É um mangá sensível ao ponto de conseguir ser algo incrível independente da sua idade, classe social, religião ou crença.
Todo mundo deveria ler O Cão que Guarda as Estrelas para parar e pensar sobre o quanto os seres humanos podem aprender com os cachorros. Ou até mesmo com outros animais.
Com uma história doce e com a dose certa de drama e suspense, a história conduz o leitor pelos caminhos que deseja com muita facilidade. Te fazendo perceber na hora certa onde o suspense te levaria e o que aqueles personagens estavam dispostos a te mostrar.
Ao ler O Cão que Guarda as Estrelas eu não conseguia pensar em outra história, para mim só existia ela, e por mais que tentasse em minha mente estabelecer conexões ou comparações, não conseguia.
A obra é muito única na sua forma de pensar, de traduzir sentimentos e transportar o leitor pra uma atmosfera dramática sem ser apelativo, clichê e até superficial.
Para mim, a história acertou tanto que pode até mesmo, não agradar a todos. Mas com certeza é uma história para se avaliar caráter e gostos daquelas pessoas que você convive. Se o ser humano não se emocionar com essa narrativa, acho que é um caso perdido.
O quadrinho tem uma ilustração muito detalhada e toda a história se resume a um quadrinho, então não tem desculpa. Corre pra banca comprar esse mangá!
Edição: 1 | Editora: Editora JBC | ISBN: 0 | Ano: 2014 | Páginas: 132
Nota: 5/5
Comprar: Livraria Saraiva
Baci ;*
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Poxa, é realmente bem triste perder um companheiro do tipo que são os animais de estimação. Eu recentemente também perdi uma gatinha que tinha desde criança. Mas no fim, isso acaba me lembrando que a perda também faz parte da jornada, nada é eterno, nem mesmo eu. E tenho que aceitar.
Eu sempre fui mais apegado com gatos, apesar de também de gostar de cachorros. Eles que normalmente não gostam de mim, sei lá porque. Me olham com a cara daquele meme Doge, com aquele olhar de canto de olho tenso. Talvez eu já esteja com uma áurea de felinos impregnada. Mas porque gatos sempre combinaram mais com quem eu sou, o fato de serem carentes, mas necessitarem de uma confiança extrema com qualquer pessoa que tente interagir com eles. Eu descrito. :p
Eu nunca tinha ouvido falar nessa história, mas fiquei bem curioso mesmo pra ler. Tanto pela arte e história mais descompromissadas, ao meu ver, e também por ser volume único. Não tenho paciência pra acompanhar mangás infinitos…
Acho que você vai gostar muito dessa história. Ela é muito emocionante, mesmo para quem não curte tanto cachorros.
Olá Ana.
Bem, eu amo estrelas e tenho uma paixão inexplicável por cachorros.
Falo com cachorros de ruas, paro sempre para fazer um carinho e não me preocupo nem um pouco com os olhares atravessados, como se eu fosse maluca.
No início meu marido até se assustou, agora graças a Deus ele até comenta: olha lá um dog amor rs…
Eu com certeza vou ler esse mangá. Na verdade se eu encontrasse ele por aí sem ler a sua resenha, iria comprar só pela capa.
Ótima resenha.
Beijos
http://leituradelua.blogspot.com.br
Que livro lindo! Curioso isso do ponto de vista do cachorro. Sabe que Vidas Secas também tem um cachorro que meio que narra alguns capítulos da história? Bem interessante e igualmente emocionante. Vou procurar esse livro por aqui e ver se encontro pra ler. Obrigada pela indicação, Anna!
Não sabia, que genial 😉 Preciso ler esse clássico ainda.