Fazia muito tempo que eu não pegava um romance policial para ler. O que é bem estranho, pois durante a minha adolescência provavelmente eu só lia livros do gênero. Talvez por serem mais fáceis de serem encontrados na biblioteca do colégio.
Quando a Companhia das Letras liberou “Inferno a Bordo” no mês de novembro eu nem pensei direito, queria conhecer mais da escrita do Simenon que tanto tinha ouvido falar.
Então… vamos saber o que eu achei?
Marujos não falam muito com outros homens, e menos ainda com policiais. Mas depois que o corpo do Capitão Fallut é encontrado próximo ao vapor em que trabalhava, o Océan, todos começam a falar em mau-olhado para tentar explicar os acontecimentos sinistros durante a última viagem da embarcação.
Do mesmo jeito que eu estava empolgada para ler, eu acabei me decepcionando com o começo da leitura. Foi difícil continuar. Confesso que o começo não me prendeu como eu gostaria e demorou mais do que eu esperava para que algo na história realmente chamasse a minha atenção. Apesar de ser um romance policial -tema que adoro – e falar sobre mar, marujos e cidades pequenas, nada me fez realmente ficar atraída pelo livro ou pelos personagens.
O livro também tem um ponto bem forte em sua narrativa. E pelo que pude ver pela internet, não fui a única a notar. Existe um certo problema com as mulheres bem presente no decorrer da história e muitos atos acabam não tendo um desfecho melhor por cair para este lado. Não curti, eu acho que ele poderia ter focado em outras coisas para resolver a história. Mas enfim…
Felizmente o livro tem vários pontos positivos a seu favor. Além de super curto, com pouco mais de cem páginas, a história é rápida e é perfeita para viagens pequenas, salas de espera ou para ficar dentro da bolsa. Nunca se sabe quando vai precisar de um livro para ler.
Georges Simenon também é um autor habilidoso na arte da escrita. Apensar de tudo que me fez não gostar tanto assim do livro, é inegável o fato de que ele escreve muito bem, com detalhes impressionantes para um livro tão pequeno.
A edição da Companhia das Letras é muito bonita. Não tem orelhas, é simples, mas encanta logo de cara. Gostei muito do estilo simples e quase “livro de bolso”. Acho perfeito para carregar na bolsa e ler no caminho para o trabalho. Acho que você pode gostar muito. #ficadica
ISBN: 9788535924930 | Ano: 2014 | Páginas: 136 | Editora: Companhia das Letras
Baci ;*
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Uma coisa que notei é como o romance policial não é tão destaque hoje em dia, creio eu. Assim como também a ficção científica. A maioria dos títulos que existem são bem mais antigos.Quando era mais novo, meu pai tinha muitos livros mesmo do Robin Cook, um escritor desse gênero que trabalhava com temas médicos. Bem conveniente até. E eu gostava muito de ler.
Porém hoje em dia é mais notável mesmo uma crescente da fantasia e juvenil. Não que seja ruim, mas só um modismo, ou algo assim, não sei…
Sinto falta de romance policial descente.
Hoje a gente tem o James Patterson que escreve. Mas eu odeio os livros dele, acho que ele pensa que os leitores são meio burros e explica demais. Tem também a Lisa Gardner que escreve bem. Gosto das histórias dela.
Eu lia bastante Robin Cook!