Desde 1978 quando o seriado estreou, Battlestar Galactica tem movimentado o mundo dos fãs.
Logo em 79, a Marvel começou os quadrinhos inspirados na história criada por Glen Larson.
Mas hoje, vamos falar sobre a comic mais atual, lançada pela Dynamite Entertainment.
A história é do roteirista da Marvel, Greg Pak, que já assinou história do Hulk e dos X-Men. A combinação do background de Greg Pak gerou um fenômeno interessante: ele começou não como roteirista mas como diretor de filmes. Isso faz com que a disposição das cenas e da estrutura quadro a quadro da HQ tenha um efeito visual interessante. Pra completar, Pak é um grande fã assumido do seriado, o que é sempre uma boa notícia, principalmente no caso da série da Dynamite que vai trazer narrativas originais.
Eu não sou uma grande fã de Battlestar, tenho que confessar. Assisti os primeiros episódios da série de 2003 – a refilmagem da original que começou como uma minissérie – mas não me encantou muito. Não porque a história não é boa, mas porque sci-fi não é muito o meu estilo.
No entanto, a HQ me impressionou bastante. O roteiro é montado de uma forma interessante e extremamente dinâmica. Fazia tempo que eu não lia uma história em quadrinhos que me deixava presa no cena-a-cena, louca para ver o desfecho. E o final deste primeiro número é, não apenas surpreendente, mas também desesperador de um jeito que você simplesmente PRECISA saber o que vai acontecer depois.
Gostei de como eles tentaram apresentar cada personagem e cada situação de modo que um leitor leigo em Battlestar pudesse acompanhar, no entanto, eu recomendaria essa comic para quem já tem algum conhecimento desse universo específico de ficção científica ou que tenha, ao menos, como eu, visto os primeiros episódios da série. Apenas para ter uma compreensão melhor dos eventos, dos personagens e para que possa compreender completamente a dimensão do cliffhanger final.
Outro ponto muito positivo para este quadrinho é como a personalidade está presente nas ações dos personagens e como isso passa para o leitor. Acho que temos a experiência de Pak como diretor a agradecer nesse quesito. A disposição das imagens e a simples expressão corporal dos personagens é feita de um jeito que te faz entender completamente sua intenção no momento. Me peguei até rindo em algumas cenas. Muito bom.
O único ponto positivo que eu destacaria é que, apesar deles terem se esforçado para “dar uma geral” para o leitor leigo – e isso é bacana – acho que eles não conseguiram alcançar esse objetivo muito bem. Não quero spoilar mas, principalmente em relação a um personagem – ao redor do qual gira o monstruoso cliffhanger final – não houve uma explicação muito boa, então, um leitor que comece por essa HQ não vai entender muito bem.
Pra quem quiser experimentar, esse número zero da HQ está disponível de graça no Comixology.