Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha…
Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex.
Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro.
A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam.
Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.
Enquanto eu lia a sinopse, não tinha como comparar o livro com o filme “O Diário da Princesa“. Lendo os primeiros capítulos, minhas suspeitas iam se confirmando
O livro conta a história da Ana Carina, que tem 20 anos, mora em Belo Horizonte e nunca conheceu o pai. Certo dia, ela conecta seu facebook, e a primeira coisa que leu foi: “Desculpe, mas acho que sou seu pai.” Com uma rápida pesquisa, ela descobre que esse suposto pai é ninguém mais, ninguém menos que o rei da Krósvia, um pequeno país na Europa. Ele alega não saber sobre seu nascimento, e sua mãe confirma que fugiu sem dizer para ele que estava grávida.
Ana vai para Krósvia com seu pai, que quer apresentá-la ao povo como princesa e sua herdeira legítima. Ela deixa no Brasil seu quase-namorado Artur, e tem medo que essa viajem acabe estragando o relacionamento.
Luxo e riqueza é o que não falta no castelo, mas como nenhum conto de fada é perfeito, na Krósvia, ela conhece Alexander, filho da ex-esposa falecida de Andrej. Alex é egocêntrico e arrogante, mas, depois de passar algum tempo que ele, percebe que Alex não é aquela pessoa fútil que aparenta ser. A principio, Ana achava que havia alguma química entre os dois. Mas é óbvio que ele tem uma namorada. A história começa se desenrolar a partir daí.
Depois de alguns capítulos, você não vê mais muita semelhança com o filme que citei no começo da resenha. A protagonista até brinca com o fato de tudo aquilo parecer um livro sobre uma princesa americana recém-descoberta. Mas Ana, felizmente, não tinha os mesmo cabelos indomáveis.
A autora traz uma versão mais informal para o livro, com muitas gírias brasileiras e conversas de MSN que parecem um roteiro de teatro, com várias linguagens típicas de internet. Isso me incomodaria se os personagens não escrevessem “naum” ou “entaum“. Não consigo entender o preconceito das pessoas com o “ão“.
Outra coisa que tenho que destacar, é que a personagem principal tem pensamento e atitude de adolescente! Mesmo sendo uma mulher de 20 anos que faz faculdade de direito.
E como todo livro jovem, a protagonista me irritou muito com seus pensamentos que não combinam com a sua idade. O livro tem suas partes “disney“, e tem suas partes um pouco mais adulta. É uma leitura fácil e dinâmica, que você consegue ler em um ritmo bem rápido.
Da diagramação eu não tenho o que reclamar. As amadas páginas amarelas estão presentes, a capa é linda, letras de um tamanho ótimo.
Para quem gosta de histórias de princesas e contos de fada, esse livro é um prato cheio. Tem algumas cenas que tentaram ser para um público mais adulto, mas não se desenvolveram. Se você tem um gosto mais refinado para a leitura, não recomendo muito.
Para esse livro, vou dar nota abaixo por achar que a autora poderia ter seguido um caminho um pouco diferente. Principalmente com as características da protagonista.
Adorei sua resenha, flor. Deu mais vontade de ler o livro – também concordo com a história do “ão”. Não sou chegada em termos da internet por causa disso mesmo ^^
beijos!
Ontem li uma resenha falando super bem sobre o livro. Hoje entro aqui e me deparo com uma crítica bem construída, mostrando o lado bom e o lado ruim da história. Acho péssimo quando vejo que o livro consegue uma nota mais alta por causa da capa e da diagramação. Sempre espero mais dos personagens, da narrativa e da história em si.
Beijos.
Oi babi! Tudo bem? Feliz de ver você por aqui!
A Vânia fez uma resenha muito boa mesmo.
Eu não tive coragem de continuar de ler o meu exemplar, comprei justamente por achar que iria ser legal, e porque afinal, tem meu nome. Mas… bem não foi o que encontrei =/
Hum… Até gostei do livro, mas concordo com você quanto as atitudes da Ana… Me irrita uma personagem de 20 anos com tanta imaturidade.
Eu me casei aos 20; por falar nisso, qual é o preconceito da autora com quem casa nova? rsrs (só quem leu até o final entenderá xD)
Livro realmente delicioso de ser ler, daqueles de vc não conseguir largar enquanto não termina. E essa tal de Krósvia, hein? Que vontade de ir lá e assistir o show do Bon Jovi junto com a Ana. Romance leve, gostoso, que dá vontade de estar no lugar da protagonista.
Parabéns pela resenha e pelo blog!
adriana medeiros
minhavelhaestante1.blogspot.com