A Marvel anunciou que em fevereiro de 2014 vai estrear uma nova série Ms. Marvel, com uma heroína islâmica super-poderosa.
Seu nome é Kamala Khan e ela é uma garota de 16 anos, fã da Capitã Marvel – antiga Ms. Marvel – que sofre com a pressão das imensas expectativas que seus pais tem a seu respeito. O representante de imprensa da Marvel afirmou que “vai ser um desafio ao núcleo dos valores conservadores”.
A nova Ms. Marvel já vai aparecer em uma edição especial em janeiro antes do seu debut oficial em fevereiro.
Lembrando que Kamala não é a primeira personagem de descendência árabe a aparecer em quadrinhos na linha mainstream.
No ano passado, a DC nos trouxe um novo Lanterna Verde, Simon Baz, que, em sua infância pós 9/11 sofreu, junto com sua irmã, recorrentes ataques de bullying devido a sua etnicidade. A história apresenta algumas outras referências ao tema, como quando Simon tenta salvar as pessoas da cidade levando uma bomba para um local abandonado e é confundido com um terrorista. Isso antes de se tornar um super-herói. Esse ano, Baz se juntou a Liga da Justiça.
Eu sempre comento que essas ações de mercado das grandes indústrias dos super-heróis já está bem batida. Não entro em questão de qualidade, porque, por exemplo, eu li alguns volumes do aranha Miles Morales e gostei. O que me incomoda mesmo é que acho que pouco importa a nacionalidade ou seja lá qual for a diferença do novo personagem, ele não vai ter uma presença marcante comparado ao alter ego original, e acaba que um tempo depois sempre acabam fazendo de conta que a mudança nunca aconteceu e trazem os figurões de volta.
Eu defendo a ideia de criar novos nomes, novos heróis, ai sim com seja qual for sua etnia, nacionalidade, opção “sescual”, etc. Talvez não seja uma solução muito lucrativa, mas acredito que daria uma individualidade e diferencial a esses novos rostos.